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SÃO PAULO – As ações de empresas ligadas a commodities e os bancos voltaram a atrair os investidores nesta quarta-feira (29), ajudando a impulsionar a alta do Ibovespa, que fechou em alta de 1,31%, a 65.484 pontos.
As ações da Petrobras lideraram os ganhos, com alta de 4%, acompanhando os preços do petróleo, que subiram após surpresa positiva com os estoques da commodity nos Estados Unidos. Os papéis do Banco do Brasil também chamaram atenção, se distanciando dos demais grandes bancos da Bovespa, após o UBS ter elevado o preço-alvo e recomendação do papel.
Do outro lado, as ações das empresas de papel e celulose – que têm perfil exportador – caíram forte, em dia de queda do dólar frente ao real. As units do Santander, que afundaram 7%, também estenderam as perdas, com a notícia de que a Qatar Holding venderá até 80 milhões de papéis do banco em oferta com esforços restritos.
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Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão:
Petrobras (PETR3, R$ 15,16, +3,27%; PETR4, R$ 14,45, +3,58%)
As ações da Petrobras acentuaram alta nesta tarde, juntamente com os preços do petróleo, após surpresa positiva com dados de estoque de petróleo. Segundo a EIA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês), os estoques de petróleo subiram em 867 mil barris na semana encerrada em 24 de março, contra expectativas de crescimento de 1,4 milhão de barris. Os contratos de petróleo Brent subiram 1,89%, a US$ 52,30 o barril, enquanto os de WTI subiram 2,13%, a US$ 49,40 o barril.
Quem seguiu a recomendação de compra do analista Rodrigo Cohen, da Rico Corretora, na última segunda-feira, em seu programa de estreia “Técnicas e Trades da Semana”, na InfoMoneyTV, já ganha mais de 4% com as ações da Petrobras. Com a evolução da operação, ele recomendou a realização parcial hoje nos R$ 14,52, com ajuste do objetivo final da operação nos R$ 14,80 (veja mais aqui).
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Vale (VALE3, R$ 30,11, +1,01%; VALE5, R$ 29,00, +0,88%)
As ações da Vale tiveram seu 3° pregão de alta, em meio à notícia de troca de CEO (Chief Executive Officer). Na segunda-feira à noite, a mineradora anunciou que Fabio Schvartsman será o novo presidente da companhia a partir de maio, em substituição a Murilo Ferreira. A informação já vinha circulando mais cedo, mas o conselho de administração só aprovou a indicação em reunião realizada no fim da tarde.
Contribuiu para o dia positivo da Vale também a alta do minério de ferro nesta sessão: a commodity negociada com 62% de pureza no porto chinês de Qingdao fechou em alta de 0,29%, a US$ 82,25 iuanes, enquanto os contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dailian subiram 3,44%, a 571 iuanes.
Banco do Brasil (BBAS3, R$ 34,30, +3,63%)
As ações do Banco do Brasil se descolaram do restante do setor, que teve alta mais amena, e subiram quase 4%, após analistas da UBS Securities elevarem o preço-alvo dos papéis do banco para R$ 34, ante R$ 23, e alterarem a recomendação para “neutra”, ante “venda”.
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As ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 39,00, +1,48%) e Bradesco (BBDC4, R$ 32,85, +2,08%) também fecharam no positivo, enquanto Santander (SANB11, R$ 27,68, -2,36%) estendeu as perdas da véspera, com a notícia da venda de ações pela Qatar Holding. Nos últimos dois pregões, as units do Santander acumulam perdas de 9,6%.
Cemig (CMIG4, R$ 10,35, -0,19%)
As ações da Cemig amenizaram a queda de até 4,24%, a R$ 9,93, nesta sessão, após a empresa sofrer uma nova derrota na Justiça. No radar, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell revogou uma liminar concedida no início do mês que autorizava a elétrica mineira Cemig a seguir como operadora da hidrelétrica de São Simão nos termos originais do contrato de concessão da usina, que venceu em 2015.
De acordo com a assessoria de imprensa do STJ, a decisão permite que a concessão da hidrelétrica seja retomada pela União, que pretende relicitar o empreendimento para arrecadar recursos para o Tesouro por meio da cobrança de bônus de outorga na licitação.
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Light (LIGT3, R$ 19,30, -2,87%)
As ações da Light caíram forte nesta sessão, atingindo na mínima do dia queda de 5,74%, a R$ 18,73, após a empresa anunciar que avalia a possibilidade de realizar uma oferta pública primária de ações no Brasil, com esforços restritos de distribuição, e no exterior, para investidores nos Estados Unidos. Segundo a Light, a oferta “poderá ter ainda uma parcela secundária com a eventual participação de acionistas da companhia”.
A companhia ressaltou, no entanto, que a operação “está sujeita às condições do mercado de capitais brasileiro e internacional, às aprovações regulatórias aplicáveis e às aprovações societárias da companhia e de acionistas vendedores”.
A Light é controlada pela mineira Cemig, que tem passado por uma reestruturação com o objetivo de reduzir dívidas. A Reuters publicou na semana passada que a Cemig pretende reduzir sua fatia na Light com a venda de ações da companhia no mercado.
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Cesp (CESP6, R$ 18,69, -0,59%)
Segundo o Valor, o governo de São Paulo, controlador da Cesp, está negociando com a União a utilização de um dispositivo da Lei 9.074/95 (Lei das Privatizações) para antecipar a renovação da concessão da usina de Porto Primavera – que vence em 2028. O objetivo é aumentar o valor da estatal no processo de privatização, garantindo que a quarta tentativa de venda seja bem-sucedida. A decisão final depende de uma avaliação financeira do modelo do negócio. Se a companhia julgar que este modelo, que prevê o pagamento de outorga, não compensa a renovação da concessão, vai desistir da ideia. Segundo o BTG, a notícia é positiva por 2 aspectos: confirma o interesse do Governo em vender a Cesp e a maturidade da discussão sobre a extensão. Gerdau (GGBR4, R$ 11,06, +0,55%)
A Gerdau assinou contrato de joint venture com Putney Capital Management a partir da venda de 50% de sua participação na Gerdau Diaco. Os ativos da nova empresa são unidades industriais de aços longos da Gerdau na Colômbia, com capacidade anual instalada de aço de 674 mil toneladas. A transação atribuiu à joint venture valor econômico de US$ 165 milhões; a conclusão da transação ainda depende do cumprimento pelas partes de algumas condições contratuais precedentes. Segundo a Gerdau, a transação está alinhada ao processo de otimização de ativos da companhia, com foco em rentabilidade e redução de alavancagem financeira. BM&FBovespa (BVMF3, R$ 19,35, +3,64%) e Cetip (CTIP3, R$ 49,50, +0,92%) Em relação à fusão da BM&FBovespa com a Cetip, o futuro presidente da nova companhia, Gilson Finkelsztain já deve assumir hoje o cargo de diretor-executivo de integração, enquanto Edemir Pinto permanece no cargo de presidente da bolsa até o fim de abril. As empresas comunicaram ainda que “os acionistas da Cetip no encerramento do pregão de 29/03 receberão, para cada ação ordinária de Cetip de sua propriedade, uma ação ordinária e três ações preferenciais resgatáveis de emissão da Companhia São José Holding”. Shopping centers Lupatech (LUPA3, R$ 3,52, +25,71%) CCR (CCRO3, R$ 18,09, +1,52%) PetroRio (PRIO3, R$ 43,00, +5,91%)
Depois de concluir a compra de 100% da Brasoil, este mês, a PetroRio pretende voltar ao mercado e está otimista em fechar mais uma ou duas novas aquisições ao longo deste ano, informa o Valor. “A Petrobras tem ativos muito interessante, mas não queremos, como estratégia de negócio, depender só da Petrobras para crescer. Estamos olhando outras empresas que estão recalibrando seus portfólios”, disse o diretor Financeiro, de Novos Negócios e de Relações com Investidores, Blener Mayhew, ao Valor.
A BM&FBovespa nomeou Roberto Belchior para o conselho da bolsa da Colômbia. “Agora temos a oportunidade de participar das decisões da Bolsa de Valores da Colômbia. Precisamos trabalhar para identificar sinergias, oportunidades de negócios e troca de experiências entre os centros financeiros da região, promovendo o crescimento e o desenvolvimento de mercados, produtos e serviços”, disse Belchior no comunicado.
O BTG Pactual destacou otimismo com o setor de shopping center e elevou recomendação de Iguatemi (IGTA3, R$ 32,92, +1,35%) para compra, mantendo Multiplan (MULT3, R$ 66,54, +0,44%) como top pick. A recomendação é de compra para BR Malls (BRML3, R$ 14,45, +1,98%) e neutra para Aliansce (ALSC3, R$ 15,38, +2,88%).
As ações da Lupatech dispararam nesta sessão, atingindo alta de 38,93% na máxima do dia, a R$ 3,89, com volume financeiro de R$ 10,7 milhões, contra uma média diária de R$ 523 mil dos últimos 21 pregões. No radar, a empresa – em recuperação judicial – registrar lucro líquido de R$ 484,6 milhões no 4° trimestre, ante R$ 352,7 milhões em igual período de 2015. A receita líquida foi de R$ 7,7 milhões, comparado a R$ 4,9 milhões um ano antes.
Segundo a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o grupo CCR, que administra, entre outros negócios, a Dutra, prepara uma oferta para comprar a Invepar. Ela, que administra, por exemplo, o Aeroporto de Guarulhos e a Linha Amarela, pertence a um grupo de fundos de pensão e aos credores da OAS, diz o colunista.