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Como apontado pela tendência da análise técnica nos pregões mais recentes, diante da formação de um canal de baixa, o Ibovespa retornou aos 100 mil pontos e pode buscar, agora, regiões maiores de fundo. O contrário também é verdadeiro, já que, por estar em região de suporte, pode apresentar repique de alta.
No entanto, o índice ainda precisaria andar bastante no positivo, para tentar inverter a tendência, que é de baixa no curto prazo. Pesa contra o índice, o fato de o investidor estrangeiro estar em debandada da B3. Apenas em março, até o dia 20, foram sacados pelos gringos R$ 2,504 bilhões.
Esse movimento de saída refletiu as incertezas quanto aos movimento dos juros por aqui e nos EUA, piorado pelo clima global de aversão ao risco. Ao menos, algumas definições foram dadas, após a Super Quarta, quando o índice já flertava com os 100 mil pontos.
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No Brasil, o Copom manteve os juros em 13,75% ao ano, com analistas afirmando que a autoridade monetária focou comunicado na deterioração das expectativas. A decisão, como esperada, foi alvo de críticas, por parte do governo, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que a decisão é “muito preocupante”.
Lá fora, também como esperado, o Fed voltou a subir a taxa de juros, em 0,25 ponto porcentual, mas com mensagem de Jerome Powell de que, se precisar, os juros seguirão em ascensão. Para analistas, porém, consequente queda na atividade dos EUA pode reduzir necessidade de as taxas subirem.
Diante de todos esses fatores, o Ibovespa chegou à mínima do ano [veja no gráfico diário abaixo], encerrando aos 100.221 pontos, e agora pode buscar novos pontos de suporte, conforme analistas técnicos consultados pelo InfoMoney.
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Ibovespa fechou na mínima do ano, no limite dos 100 mil pontos
Análise técnica Ibovespa
Para o analista técnica do PagBank Rodrigo Paz, analisando o comportamento do Ibovespa, é possível notar tendência de baixa, com a Bolsa operando, neste momento [veja os dois gráficos abaixo], dentro de uma canal de baixa no curto prazo.
“No último pregão, o Ibovespa fechou nos 100.220 pontos, e agora o mercado acompanha com expectativa de como será a negociação próximo a essa faixa de forte suporte nos 100.000 pontos. Trata-se de um suporte psicológico muito forte, pode haver repique no curto prazo”, disse.
Paz reforça que, “caso entre força compradora”, os alvos iniciais serão nas regiões de médias, nos 102.100 e nos 103.800. “Caso siga o fluxo de compras, um alvo interessante será na faixa dos 107.000 pontos”, acrescenta.
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Tendência de baixa
Segundo Pam Semezzato, analista técnica da Clear, após mais uma sessão de queda e fechamento abaixo de candles anteriores, o Ibovespa segue em região de suporte, “mas sem sinais de reação compradora para reverter a tendência de baixa do curtíssimo prazo”.
Para Pam, os próximos suportes se encontram nas regiões de 98.000 e 96.100 pontos, enquanto de resistência nos 102.800 e 107.300 pontos.
Segundo a Genial, após fechar com baixa de 0,77%, aos 100.220 pontos, o Ibovespa segue dentro de uma formação de canal de baixa no curto prazo [traçado em vermelho no gráfico abaixo].
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Conforme a análise técnica, o próximo suporte fica em 95.270 pontos (fundo deixado em meados de julho do ano passado). As próximas resistências ficam em 103.917 (MME21), 106.720 e 110.175 pontos.
- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
Paz acrescenta que a tendência de baixa pode prevalecer ao longo dos próximos pregões, e o rompimento da faixa dos 100.000 pontos pode ocasionar quedas mais fortes no índice.
“Perdendo esta região, o Ibovespa pode buscar suporte nos 95.200 pontos, e, caso rompa, o próximo suporte relevante fica na faixa dos 93.300 pontos”, analisa.
“Olhando a tendência principal, o cenário sugere cautela na ponta compradora, e os próximos movimentos serão muito importantes para definição do cenário”, completou Paz.
Repique
Segundo relatório de análise técnica da XP, o Ibovespa está em tendência de baixa definida pelas médias de 21 e 200 dias, e, caso perca os 100.000 pontos, projetaria teste dos 95.266.
“Acima dos 102.330 teria sinal de repique mirando resistências em 103.900 ou 106.720”, escreveu Gilberto Coelho, analista técnico da XP.
Coelho reforça que o Índice de Força Relativa (IFR) “está em sobrevenda e caso aponte para cima, favorecerá recuperações”.
Ibovespa até 94,6 mil pontos
Enquanto isso, Matheus Lima, da Top Gain, diz que, ao que tudo indica, a queda do Ibovespa pode alcançar, conforme a projeção, de fibonacci, 97.600 (150%) e 96.950 (161,8%), com alvo final no máximo em 94.600 (200%), “região inclusive de fundos anteriores de movimentações maiores de julho de 2022 e agosto de 2020.”
“O Ibovespa segue em tendência de queda dentro do mesmo canal de baixa de fevereiro, porém agora cada vez mais perto do 100 mil pontos, após o pullback que fez no fundo anterior, quando ainda negociava em um canal de alta em janeiro, nos 103.860, pegando mais fôlego para seguir na direção da tendência”, acrescentou.
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