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O Ibovespa fechou em alta de 0,52% nesta segunda-feira (15), aos 109.029 pontos, em seu oitavo pregão consecutivo com ganhos, acumulando alta de 7,10 % no período. O índice foi impulsionado pela valorização das commodities, pelo noticiário político brasileiro – e também contou com certa ajuda do cenário externo.
Entre as maiores altas do índice, ficaram empresas ligadas ao mercado interno. As ações ordinárias da EzTec (EZTC3) ganharam 4,91%, as da Locaweb (LWSA3), 4,06% e as do GPA (PCAR3), 3,54%.
“Aqui no Brasil, temos uma valorização das empresas voltadas à economia doméstica. Curva de juros continua fechando, principalmente na sua parte mais longa”, explica Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.
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De acordo com especialistas, o mercado reage positivamente à notícia de que o Congresso quer inserir mais gatilhos de controle de gastos ao texto do arcabouço fiscal. Além disso, há comentários de que há certa “boa vontade” para a aprovação do texto nas duas casas.
Os DIs para 2024 ganharam dois pontos-base, a 13,31%, mas foram os únicos a avançarem. Os contratos de juros para 2025 e 2027 perderam 1,5 ponto e nove pontos, a 11,67% e 11,18%. As taxas dos DIs para 2029 e 2031 recuaram, respectivamente, 11 e 10 pontos, a 11,49% e 11,71%.
“De noite, teremos dados de produção da China. Vai ser importante para amanhã. Hoje, estamos monitorando nos Estados Unidos a questão da dívida americana. Há também a espera por possíveis anúncios de estímulos na China. Com essa expectativa de algum estímulo econômico por lá, a gente teve um reflexo imediato do preço do minério de ferro. Nessa madrugada, a commodity subiu mais de 6% em Singapura e tivemos também a valorização do petróleo”, completa Madruga.
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As ações ordinárias da CSN (CSNA3) ganharam 1,88%, as preferenciais série A da Usiminas (USIM5), 2,01%, e as ordinárias da Vale (VALE3), 1,44%.
“A queda das ações da Petrobras fizeram o contraponto e impediram um avanço maior do índice, com noticiário sobre possível mudança na política de preços de combustíveis pela estatal, além da avaliação da petroleira de exercer o seu direito de preferência e adquirir o controle da Braskem”, fala Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos. “Os juros futuros curtos e médios acompanharam os treasuries yields e o dólar cedeu para a casa de R$ 4,90 em meio à cautela externa com novos dados fracos nos EUA, falas de dirigentes do Fed e negociações sobre o teto da dívida americana”.
Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,14%, 0,30% e 0,66%.
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Mais cedo, por lá, houve a publicação do índice Empire State de atividade industrial de março, com leitura de menos 31,8 – isso quando o consenso era de menos 3,70. Continua também o impasse sobre o teto da dívida da maior economia do mundo.