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O Ibovespa fechou em leve queda de 0,08% nesta quarta-feira (8), aos 119.176 pontos, em dia marcado por variações sem muita amplitude tanto aqui quanto no exterior. Por aqui, uma melhora do cenário da curva de juros, que segue as taxas do exterior, foi minimizada pela performance das petroleiras.
Em Nova York, os principais índices fecharam mistos. Enquanto o Dow Jones caiu 0,12%, aos 34.112 pontos, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,10% e 0,08%.
“Dia ameno no exterior, com os investidores embolsando parte dos fortes ganhos nos últimos dias, além dos temores com o cenário de crescimento global, após dados decepcionantes na Alemanha e na China, com o Brent perdendo a faixa dos US$ 80”, fala Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
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Hoje, foi publicado que a inflação da Alemanha em outubro ficou em 3,8%, desacelerando e mostrando uma economia menos aquecida – sendo que na véspera o PMI de serviços já havia ligado o sinal de alerta. Já na China, após os PMIs e balança comercial mais fracos, foi a vez dos investimentos diretos recuarem.
Warren Patterson e Ewa Manthey, analistas do ING, além do mais, falaram à CNBC ainda que o mercado está “claramente menos preocupado com o potencial de perturbações no fornecimento de petróleo do Oriente Médio”. O barril Brent caiu 2,29%, a US$ 75,60.
O recuo do petróleo, no entanto, é desinflacionário, o que levou a uma queda dos juros mundo afora. Nos Estados Unidos, o treasury yield para dez anos caiu seis pontos-base, a 4,511%. Aqui, os DIs para 2024 ficaram estáveis, a 12,00%, mas os para 2025 e 2027 perderam, respectivamente, 2,5 e 10,5 pontos, a 10,79% e 10,66%. Os contratos para 2029 foram a 11,03%, com menos 10 pontos, e os para 2031 a 11,22%, com menos 10 pontos.
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A queda das taxas levou a companhias ligadas ao mercado interno figurarem entre as maiores altas do Ibovespa.
“Por aqui, apesar dos ganhos no minério de ferro e do desempenho positivo no varejo, as perdas do petróleo pesaram sob o Ibovespa, que fechou próximo dos 119 mil pontos”, acrescenta Borsoi.
Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, vai na mesma linha.
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“O mercado começou o pregão com um movimento mais de alta. Ao longo do dia, no entanto, houve um enfraquecimento puxado principalmente pelos papéis de petróleo, especificamente a Petrobras (PETR3;PETR4), que acaba representando bastante do índice”, diz. “Em contrapartida, os juros futuros caíram levemente. O que, em certa forma, conversa com os treasuries americanos”.
As ações ordinárias e preferenciais da estatal recuaram, na sequência, 2,36% e 2,15%, acompanhando a queda do petróleo.
Uma queda maior dos juros futuros pode ainda ter sido impedida pela continuação dos debates em Brasília sobre a situação fiscal brasileira. Uma divisão no governo gera ruídos sobre meta fiscal do próximo ano, e os comentários são de que déficit zero ainda pode cair de duas formas. Além disso, o setor público consolidado divulgou hoje que teve um déficit de R$ 18,1 bilhões em setembro, o maior para o mês desde 2020.
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O dólar, por fim, subiu frente ao real, com alta de 0,66%, a R$ 4,907 na compra e na venda. Em parte, o recuo do petróleo ajuda a desvalorizar a moeda brasileira, pesando sobre a balança comercial.