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O Ibovespa fechou em queda de 0,17% nesta sexta-feira (14), aos 106.279 pontos. Na semana, contudo, o principal índice da Bolsa brasileira avançou 5,41%, na melhor semana de 2023, impulsionado, principalmente, pelos dados de inflação mais fracos no Brasil – e também nos Estados Unidos – e pelas perspectivas com o novo arcabouço fiscal.
“Na verdade, os últimos pregões foram de dias laterais, de leve queda. Hoje tivemos muito mais um fechamento sustentando os ganhos do início da semana”, comenta Leandro De Checci, analista de Investimento da XP. “Há, agora, expectativas quanto ao fiscal, quanto ao arcabouço. Algumas dúvidas pairam em relação às fontes de receita bem quanto à aprovação no congresso. Quando tudo isso vier, teremos um pouco mais de fôlego, com mais alívio na curva de juros, podendo trazer um movimento de alta mais continuo”.
Após a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março mais fraco do que o esperado na terça, a curva de juros brasileira fechou consideravelmente – movimento que foi ainda mais impulsionado após a publicação do CPI [índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês] dos Estados Unidos, na quarta, que também veio aquém do consenso e derrubou os treasuries yields.
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Nesta sexta, os DIs se recuperaram. As taxas dos contratos para 2024 subiram dois pontos-base, a 13,18%, e as dos contratos para 2025, nove pontos, a 11,86%. Os DIs para 2027 foram a 11,71%, com mais 8,5 pontos, e os para 2029, oito pontos, a 12,05%. Os DIs para 2031 ganharam sete pontos, a 12,30%.
“Hoje não tivemos muitas novidades. Ibovespa ficou de lado, sem grandes oscilações, em linha com o mercado americano, que virou para queda ao longo do dia”, diz Matheus Sanches, sócio e analista da Ticker Research. “O mercado ficou de lado, o que é normal após uma semana bem positiva. Dólar caiu de novo, em parte por conta dos acordos novos que o presidente está assinando na China, o que deve impulsionar exportações e beneficiar a entrada de moeda americana”, complementa Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.
A moeda americana perdeu 0,23% de força frente ao real hoje e 2,81% na semana, fechando a sexta negociada a R$ 4,915 na compra e na venda. O movimento de hoje foi na contramão do que foi visto no exterior, uma vez que, lá fora, o dólar ganhou força. O DXY, que mede a força da divisa americana frente a outros pares de países desenvolvidos, subiu 0,56%, a 101,58.
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Nos Estados Unidos, houve a divulgação de dados macroeconômicos mistos nesta sexta. Enquanto as vendas no varejo caíram 1% em março, mais do que a queda de 0,4% que o consenso Refinitiv previa, a produção industrial no mesmo mês subiu 0,4%, mais do que a alta de 0,2% esperada.
No inicio da temporada de balanços do quarto trimestre dos Estados Unidos, bancos como Citi, JP Morgan e Wells Fargo surpreenderam positivamente quanto à lucratividade, apesar das maiores provisões por conta da perspectiva de uma economia fraquejando.
Os treasuries yields se recuperaram parcialmente. Os dos títulos para dez anos subiram 6,4 pontos-base, a 3,515%, e os dos para dois anos, 11,6 pontos, a 4,093%. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em queda de, respectivamente, 0,42%, 0,21% e 0,35%. Na semana, porém, os três índices acumularam alta de 1,18%, 0,79% e 0,29%.