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O Ibovespa fechou próximo da estabilidade nesta segunda-feira (29), subindo 0,02%, aos 112.323 pontos. O índice perdeu força frente a máxima do intraday, uma vez que chegou a subir 0,82%, mas a performance do principal índice da Bolsa brasileira foi melhor da que a que foi vista nos Estados Unidos.
Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,57%, 0,67% e 1,02%. Por lá, investidores continuam a se posicionar de forma cautelosa, após a participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na última sexta.
“O mercado está precificando uma maior probabilidade de o Fed realizar uma nova alta de 75 pontos-base em setembro, na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), uma vez que o presidente trouxe um discurso mais rígido, mais inclinado ao aperto monetário como forma de frear a inflação americana, que ainda não deu os sinais de arrefecimento que o mercado espera”, destaca Felipe Moura, analista da Finacap Investimento.
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Ainda nesta linha, o treasury com vencimento em dez anos teve seu rendimento subindo 7,7 pontos-base, indo a 3,112%. A taxa do título para dois anos subiu 3,6 pontos-base, a 3,429%.
Ajudou também a pressionar a curva de juros dos Estados Unidos o preço do petróleo – o barril Brent avançou 3,85%, a US$ 104,88, e o WTI, 4,14%, a US$ 96,91. O mercado continua a monitorar as ameaças da Opep+, cujas autoridades sugeriram um possível corte de produção na última semana, e os conflitos na Líbia, que podem atrapalhar o trânsito da commodity.
Apesar de pressionar as taxas de juros, André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos, destaca que a alta do petróleo foi responsável, em grande parte, pela performance do Ibovespa nesta segunda. Ela sustentou o avanço das ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), que subiram, respectivamente, 2,16% e 2,50%. Já as ações ordinárias da 3R Petroleum (RRRP3) tiveram ganhos de 1,94% e as da PetroRio (PRIO3), de 2,52%.
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A curva de juros brasileira, no entanto, sentiu a pressão proveniente da movimentação dos treasuries e do preço do barril, subindo em bloco. Os taxas dos DIs para 2023 ganharam um ponto-base, indo a 13,74%, e as dos DI para 2025, 16 pontos, a 12,12%. Os DIs para 2027 e 2029 ganharam, respectivamente, 12 e sete pontos, a 11,86% e 11,97%. Os contratos de juros futuros para 2031 fecharam a 12,05%, ganhando seis pontos.
Nem mesmo a publicação do Boletim Focus, com recuo das projeções para as inflações de 2022 e 2023, impediu a alta dos juros – mas, para especialistas, ela foi positiva, de maneira geral.
Acilio Marinello, coordenador de MBA na Trevisan Escola de Negócios, destaca a divulgação do documento. “Trouxe a perspectiva de valorização do real e de desaceleração da inflação. Isso interfere em decisões de empresas, refletindo na dinâmica do nosso mercado”, explica.
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O real foi melhore do que a maioria das moedas mundiais. O dólar caiu 0,88% frente a moeda brasileira, a R$ 5,033 na compra e na venda. O DXY, índice que mede a força da divisa americana frente outros pares, no entanto, fechou estável.
Entre as maiores quedas do Ibovespa, ficaram as ações preferenciais série a da Usiminas (USIM5), com menos 5,19%. Outras empresas do setor de siderurgia e mineração também figuraram na lista. As ordinárias da CSN (CSNA3) tiveram baixa de 3,40% e ordinárias da Vale (VALE3), de 1,93%. O minério de ferro recuou na China, com menos 1,4% na bolsa de Dalian, a US$ 103,19 a tonelada.
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