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Ibovespa Futuro cai com atenção a temores sobre guerra, juros no exterior e IBC-Br pior do que o esperado

Discurso de Jerome Powell ainda repercute em mercados, em especial após avanço recorde dos rendimentos do Treasuries

Camille Bocanegra

(Getty Images)
(Getty Images)

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O Ibovespa Futuro opera em queda nesta sexta-feira (20), acompanhando o movimento dos índices futuros de NY. As bolsas mundiais amanheceram o dia com baixa, ainda digerindo o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, com impacto nos rendimentos dos Treasuries, enquanto as tensões com o conflito Israel-Hamas seguem no radar.

Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro operava com queda de 0,44%, aos 115.130 pontos.

O discurso de Jerome Powell reforçou a necessidade de continuidade na política monetária do Fed, pois a inflação ainda estaria “alta demais”.

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“Alguns meses de bons dados são apenas o começo do que será necessário para construir a confiança de que a inflação está diminuindo de forma sustentável em direção ao nosso objetivo”, afirmou o presidente do Fed no Economic Club de Nova York.

Powell ainda destacou que não é possível saber onde a inflação se estabelecerá nos próximos trimestres, nem por quanto tempo as leituras mais baixas persistirão. O discurso foi recebido por imediata reação positiva mas, rapidamente, os índices passaram a reagir negativamente e assim permaneceram ontem.

O conflito entre Israel e o Hamas também segue no radar dos investidores, com avanços de negociações para abertura de corredor humanitário na Faixa de Gaza, pela fronteira do Egito.  Ainda assim, as tensões seguem aumentando na região e, de acordo com a Reuters, Israel realizou um ataque a distrito do norte de Gaza nesta sexta-feira, avisando às famílias moradoras do local apenas meia hora antes para fuga. No ataque, uma igreja cristã ortodoxa foi atingida.

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O ministro da Defesa de Israel anunciou, hoje mais cedo, que as tropas devem se preparar para invasão por terra e que o comando será dado, de acordo com a CNBC.

Neste cenário, seguindo o movimento de aversão ao risco, os Treasury yields atingiram máximas em seus retornos em 16 anos na tarde de ontem, com destaque para o título de 10 anos e de 2 anos (que chegou a seu maior patamar desde 2006). Os títulos deram alívio na manhã desta sexta e os rendimentos recuam.

Em Wall Street, os índices futuros de Nova York amanheceram em leve queda e aprofundam perdas durante a manhã, ainda refletindo os danos na sessão de ontem após discurso de Powell.

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Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,23%, S&P Futuro recuava 0,23% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,29%.

No Brasil, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador considerado uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caiu 0,77% em agosto. A queda veio bem mais forte que a mediana da projeção de analistas pelo consenso Refinitiv, que esperava retração de 0,30% no mês.

Durante a manhã, Fernando Haddad participará de Coletiva de imprensa sobre resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relacionada ao Plano de Transformação Ecológica (com transmissão pelo YouTube).

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No início da tarde, Roberto Campos Neto participa do painel “Brazil’s Payments Revolution — A Model for the World”, no Council of the Americas Symposium, promovido pela Americas Society, Council of the Americas, em Miami, EUA.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com alta de 0,27%, cotado a R$ 5,066 na compra e R$ 5,067 na venda

Já o dólar futuro (DOLX23) para novembro descia 0,08%, indo aos 5,072 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam em queda. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,10 pp, a 12,15%; DIF25, -0,44 pp, a 11,120%; DIF26, -0,62 pp, a 11,20%; DIF27, -0,66 pp, a 11,37%; DIF28, -0,56 pp, a 11,59%; DIF29 -0,42 pp, a 11,74%.

Exterior

Os mercados europeus registram queda nesta sexta-feira, apresentando seu nível mais baixo em sete meses, conforme mostram dados da Reuters. Investidores absorvem, ainda, os comentários realizados pelo presidente do Federal Reserve da tarde ontem, o avanço nos rendimentos dos Treasuries e o sentimento global com as tensões no Oriente Médio.

O índice pan-europeu Stoxx 600 estava em queda de 0,7% e aprofunda perdas durante a sessão, com a maioria dos setores em campo negativo. As ações de mineração registraram a maior queda, com um recuo de 2%, seguidas pelos papéis do setor de viagens e lazer, que caíram 1,5%.

Ásia

As bolsas asiáticas encerraram o dia em forte queda, acompanhando o discurso de Jerome Powell e o avanço dos rendimentos dos Treasuries nos EUA, que bateu recordes durante a tarde de quinta-feira e agora parece dar alívio.

Os dados de inflação do Japão vieram abaixo do esperado, com alta de 3%, acima da meta de 2% do Banco do Japão.

Além disso, como esperado, o Banco do Povo da China (PBoC) manteve as suas principais taxas de juros de 1 e 5 anos.

Petróleo

Após quedas durante o dia na quinta-feira, com a licença emitida pelos EUA que autorizou de forma temporária as transações com o setor de petróleo e gás da Venezuela, os preços do petróleo subiram ao fim da sessão de ontem e permanecem em patamar elevado.

O anúncio de Israel de possível avanço por terra na Faixa de Gaza fez com que a commodity subisse e mostrou que o conflito ainda é o principal fator de impacto para os preços do petróleo no momento.

Já o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 3,71%, a 839,00 iuanes, o equivalente a US$ 114,69. A commodity é pressionada por preocupações com o mercado imobiliário em dificuldades da China e com a produção de aço mais fraca do que o esperado.

(com Reuters)

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