IM Trader
Conteúdo editorial apoiado por

Ibovespa Futuro cai com atenções divididas entre ata do Fomc e projeções econômicas

Falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do BC, Roberto Campos Neto, também são destaques

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

Publicidade

O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (21), com atenções voltadas para a divulgação da ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) e projeções econômicas do Ministério da Fazenda.

A minuta do Fomc deve oferecer pistas sobre a possibilidade de elevação dos juros ainda em 2023, possibilidade que vem sendo descartada pelo mercado nas últimas semanas.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do Café com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, Haddad participa do Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro da Receita Federal.

Continua depois da publicidade

Às 14h, a Secretaria de Política Econômica publica novas projeções para PIB e inflação. Atualmente a equipe prevê crescimento econômico de 3,2% este ano e 2,3% em 2024, com inflação respectivamente de 4,85% e 3,40%.

Já Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ministra palestra no Fórum Econômico e Social de Brasília, promovido pela Arko Advice, às 16h, e no início da noite concede entrevista ao vivo à TV Bloomberg.

Em meio à isso, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve votar, nesta terça-feira (21), o projeto de lei que prevê a taxação das offshores e dos fundos exclusivos. A proposta é considerada essencial pela equipe econômica do governo para aumentar a arrecadação federal em 2024 e zerar o déficit nas contas públicas.

Continua depois da publicidade

Às 9h13, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com baixa de 0,28%, aos 126.725 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com queda, com investidores atentos aos resultados da fabricante de chips Nvidia e da ata do Fomc.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,14%, S&P Futuro recuava 0,12% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,13%.

Continua depois da publicidade

Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,11%, cotado a R$ 4,846 na compra e na venda, após recuar acentuadamente frente ao real, em linha com o comportamento da divisa no exterior em meio à visão de que o Fed já terminou de elevar os juros e pode começar a cortá-los no primeiro semestre de 2024.

Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro caía 0,14%, indo aos 4,851 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, caía 0,08%, a 103,36 pontos.

Continua depois da publicidade

No mercado de juros, os contratos operavam em alta, com exceção do vencimento mais curto. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 11,95%; DIF26, +0,06 pp, a 10,26%; DIF28, +0,03 pp, a 10,60%; DIF31 +0,01 pp, a 10,96%.

Exterior

Os mercados europeus operam mistos, com atenções voltadas para política monetária global antes da divulgação da ata do Fomc.

O endividamento líquido do setor público do Reino Unido, excluindo os bancos, foi de 14,9 bilhões de libras (18,68 bilhões de dólares) em outubro, o segundo nível mais elevado de endividamento para o mês desde que os registos começaram em 1993.

Foi também superior às previsões de consenso e à previsão de Março do Gabinete independente de Responsabilidade Orçamental de £13,7 bilhões.

As receitas fiscais foram £2,7 bilhões superiores em termos homólogos, para £57,9 bilhões.

Isso acontece antes de uma atualização do orçamento do governo na quarta-feira, na qual o Ministro das Finanças, Jeremy Hunt, pode anunciar cortes de impostos enquanto busca priorizar o crescimento, de acordo com a BBC .

Ásia

Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta terça-feira. Xangai e Tóquio terminaram bem perto da estabilidade, com leves perdas, mas Seul foi na contramão e subiu.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,01%, em 3.067,93 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,39%, a 2.018,07 pontos. Sinais de apoio oficial ao setor imobiliário não melhoraram o clima geral, e ações ligadas a hardwares e semicondutores pesaram no mercado.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 0,10%, a 33.354,14 pontos. A força do iene pressionou ações de exportadoras japonesas, mas o movimento foi limitado por ganhos em empresas ligadas a semicondutores, ante nova onda de otimismo com a inteligência artificial. A montadora Mazda Motor caiu 4,5%.

O índice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou em alta de 0,77%, a 2.510,42 pontos. A bolsa sul-coreana teve demanda forte de investidores estrangeiros e institucionais. Ações de peso, como do setor de eletrônicos, ajudaram a confirmar o movimento. Samsung Electronics subiu 0,1%, SK Hynis teve ganho de 0,5% e LG Energy Solutions, de 0,7%.

Em Hong Kong, o Hang Seng fechou com baixa de 0,25%, em 17.733,89 pontos. O mercado chegou a subir, mas inverteu o sinal, pressionado pelo setor de tecnologia, com Xiaomi e Lenovo em quedas de 4,9% e 3,35%, respectivamente.

Commodities

Os preços do petróleo operam no vermelho, revertendo a recuperação do dia anterior, uma vez que as preocupações com a procura mais fraca num contexto de desaceleração da economia global superaram a perspectiva de cortes de oferta mais profundos por parte da OPEP e dos seus aliados, como a Rússia.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, com o índice de referência de Cingapura atingindo uma máxima de oito meses, uma vez que o sentimento foi impulsionado pelo mais recente apoio de Pequim ao setor imobiliário e persistiram preocupações sobre possíveis interrupções na oferta.

Os reguladores chineses estão a elaborar uma lista de 50 promotores imobiliários elegíveis para uma série de financiamento, informou a Bloomberg News na segunda-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

O minério de ferro de referência para dezembro, SZZFZ3, na Bolsa de Cingapura subiu 1,34%, para US$ 132,85 a tonelada,  o maior valor desde 15 de março.