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Ibovespa Futuro cai, com olhares voltados para tensões no Oriente Médio e pressão dos Treasuries

Mercado acompanha tensões no Oriente Médio e avanço recorde dos rendimentos do Treasuries

Camille Bocanegra

(Getty Images)
(Getty Images)

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta segunda-feira (23),  seguindo o movimento dos índices futuros de NY. As bolsas mundiais amanheceram o dia em queda, acompanhando a alta dos rendimentos dos Treasuries, enquanto as tensões com o conflito Israel-Hamas seguem no radar. Nessa semana, há expectativas também por conta da divulgação de balanços de empresas de tecnologia nos EUA, além do início da temporada de balanços no Brasil.

Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro operava com queda de 0,49%, aos 114.195 pontos.

Seguindo o movimento de aversão ao risco, os Treasury yields subiram novamente para seus maiores patamares dos últimos 16 anos. Após uma ligeira queda na sexta feira, os rendimentos dos títulos voltam a avançar nessa segunda, com destaque para o título de 10 anos e de 2 anos, que voltam a ter seus retornos acima de 5%.

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O conflito entre Israel e o Hamas também continua no centro da atenção dos investidores. Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza com ataques aéreos na madrugada desta segunda-feira e suas aeronaves atingiram também o sul do Líbano, aumentando as preocupações com a ampliação do conflito no Oriente Médio. Os militares israelenses disseram ainda que suas forças terrestres realizaram ataques limitados em Gaza, enquanto cada lado se prepara para o próximo estágio da guerra.

Por outro lado, no sábado, comboios de ajuda humanitária chegaram na Faixa de Gaza com água, comida e remédios. De acordo com a ONU, há expectativa de mais 40 caminhões na região nesta segunda-feira para fornecer mais suprimentos.

De acordo com a radio ABC de Melbourne, o porta-voz do exército de Israel, Jonathan Conricus, disse que uma rendição completa do Hamas e a devolução dos reféns poderia evitar uma entrada via solo das forças armadas na Faixa de Gaza.

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Na Argentina, a eleição presidencial será decidida em segundo turno entre o atual ministro da Economia, Sergio Massa (União Pela Pátria), e o candidato ultraliberal Javier Milei (A Liberdade Avança).

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,51%, S&P Futuro recuava 0,49% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,53%.

No Brasil, a maior expectativa da semana é para o IPCA-15, que será divulgado na quinta-feira. Hoje, a agenda conta com divulgação da sondagem da indústria de construção e monitor do PIB.

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Durante a manhã, Fernando Haddad participará de Coletiva de imprensa sobre resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relacionada ao Plano de Transformação Ecológica (com transmissão pelo YouTube).

A tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, palestra no evento Reflexão sobre o cenário econômico brasileiro, promovido pelo Estadão e Bora Investir-B3, em São Paulo. (aberto à imprensa). E mais adiante, haverá reunião de Fernando Haddad com Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e diversos agentes públicos ligados ao MDA e diretores do Banco do Brasil

Dólar hoje

O dólar comercial operava com alta de 0,40%, cotado a R$ 5,050 na compra e R$ 5,051 na venda

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Já o dólar futuro (DOLX23) para novembro subia 0,12%, indo aos 5,058 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam em alta, com exceção do contrato mais curto. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,05 pp, a 12,14%; DIF25, +0,27 pp, a 11,11%; DIF26, +0,45 pp, a 11,08%; DIF27, +0,58 pp, a 11,28%; DIF28, +0,57 pp, a 11,53%; DIF29 +0,52 pp, a 11,70%.

Exterior

Os mercados europeus passaram a operar em queda, após um início misto na sessão, ainda avaliando incertezas geopolíticas, impacto dos resultados que serão divulgados e, principalmente, os rumos da política monetária do BCE, que divulgará a nova taxa de juros na quarta-feira.

O índice Stoxx 600 estava em queda de 0,6% durante as negociações da manhã, após uma abertura estável. A maioria dos setores estava negativa e as ações de mineração caíram 1,6%, enquanto o setor de varejo contrariou a tendência com um aumento de 0,4%.

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico continuam em queda, seguindo o movimento da semana passada.

Entre os destaques da agenda da semana, estão a divulgação de dados econômicos de toda a região e números do produto interno bruto do terceiro trimestre da Coreia do Sul. Além disso, os índices seguem reagindo à alta dos treasury yields nos EUA, que chegaram ao seu patamar máximo desde 2007 na semana passada e abriram o dia em alta.

A Austrália divulgará os números de inflação de setembro na quarta-feira, enquanto o Japão lançará os números de inflação de Tóquio na sexta-feira.

Singapura viu sua taxa de inflação em setembro subir ligeiramente para 4,1%, de 4% em agosto, em linha com as projeções.

Ainda em destaque no noticiário, segundo a Bloomberg, as autoridades chinesas empreenderam uma investigação na Foxconn, o parceiro mais importante da Apple, e uma série de detenções em vários setores. Além de auditorias fiscais na Foxconn, um executivo e dois ex-funcionários da WPP, uma das maiores empresas de publicidade do mundo, foram presos na China. A ação da Foxconn Industrial Internet caiu 10%

Petróleo

Os preços do petróleo iniciam o dia com quedas, uma vez que comboios de ajuda começaram a chegar à Faixa de Gaza no fim de semana, em meio a esforços diplomáticos para impedir que um conflito entre Israel e Hamas se espalhe para toda a região rica em petróleo.

Na semana passada, os contratos subiram mais de 1%, no segundo salto semanal consecutivo, devido ao receio de uma potencial interrupção no fornecimento caso a guerra entre Israel e o Hamas se transformasse num confronto mais amplo no Médio Oriente, a maior região fornecedora de petróleo do mundo.

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 2,45%, a 835 iuanes, o equivalente a US$ 114,14

(com Reuters)

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