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O Ibovespa Futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (13), após o principal índice da Bolsa brasileira interromper uma sequência de seis altas na véspera, em um pregão marcado pelo escândalo contábil envolvendo a Americanas (AMER3).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ontem à tarde um conjunto de medidas visando reduzir o déficit fiscal primário deste ano, afirmando ainda ser “bastante realista” a hipótese de o governo central fechar 2023 com um déficit primário inferior a 1% do PIB.
Na agenda de indicadores, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, tem variação negativa de 0,55% em novembro, maior que o esperado. Com o resultado de novembro, o IBC-Br nos últimos 12 meses mostra variação de +3,15% e de +3,26% no acumulado de 2022.
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Ibovespa hoje: confira o movimento do mercado ao vivo nesta sexta-feira
Às 9h20 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com baixa de 0,26%, aos 113.705 pontos.
Nos EUA, os índices futuros têm baixa após alta da véspera, com investidores repercutindo a desaceleração da inflação e os primeiros resultados da temporada de balanços americana.
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O Bank of America teve lucros melhores do que o esperado no quarto trimestre, mas as ações operam estáveis. O JPMorgan, por sua vez, registrou uma receita que superou as expectativas, mas o banco alertou que estava reservando mais dinheiro para cobrir perdas de crédito. A ação cai mais de 2%. As ações do Wells Fargo também operam em baixa depois que o banco divulgou seus números trimestrais.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,22%, S&P Futuro recuava 0,33% e Nasdaq Futuro tinha desvalorização de 0,48%.
De volta ao cenário local, o ministro da Fazenda afirmou que o governo ainda avalia se o salário mínimo será ou não reajustado dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 neste ano, e que se trata de uma “decisão política”. Questionado, ele rejeitou a ideia de que Lula não esteja cumprindo o que foi prometido na campanha, uma vez que o valor vigente, R$ 1.302, fixado por Jair Bolsonaro, já representa um ganho real (acima da inflação).
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Dólar
O dólar comercial operava com alta de 0,35%, cotado a R$ 5,117 na compra e 5,118 na venda. Já o dólar futuro para janeiro tinha alta de 0,09%, a R$ 5,135.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa em todas as pontas. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,06 pp, a 13,46%; DIF25, -0,05 pp, a 12,52%; DIF26, -0,05 pp, a 12,24%; DIF27, -0,06 pp, a 12,20%; DIF28, -0,05 pp, a 12,22%; e DIF29, -0,05 pp, a 12,31%.
Exterior
Os mercados europeus operam com alta nesta sexta-feira, com investidores reagindo a desaceleração da inflação nos EUA e a dados econômicos da Zona do Euro.
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O saldo da balança comercial da Zona do Euro de novembro registrou um déficit de 11,7 bilhões de euros. O consenso Refinitiv previa um déficit de 21,1 bilhões de euros.
Já a produção industrial da Zona do Euro subiu 1% na passagem de outubro para novembro, acima do consenso Refinitv que previa avanço de 0,5% na base mensal.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, com exceção do Nikkei, do Japão, depois dos dados de inflação nos EUA.
Entre os indicadores da região, as exportações da China caíram 9,9% em dezembro em relação ao ano anterior, em termos de dólares, um pouco melhor do que a queda de 10% prevista por uma pesquisa da Reuters.
As importações caíram 7,5% em dezembro em comparação com o ano anterior em termos de dólares, também com desempenho melhor do que a queda de 9,8% prevista pela Reuters. A queda mais branda significou que o comércio ainda cresceu para 2022.
As cotações do minério de ferro na China sobem forte, com aumento da confiança na recuperação da demanda na segunda maior economia do mundo, após a reabertura de suas fronteiras e o alívio das restrições devido à Covid-19 após protestos no ano passado.
Os preços do petróleo operam no terreno positivo e caminham para alta semanal superior a 6%, com expectativas de aumento de juros menos agressivos pelo Fed e crescimento da demanda de petróleo pela China.
Os preços da commodity também foram impulsionados por uma queda do dólar para uma mínima de quase nove meses depois que dados mostraram que a inflação nos EUA caiu pela primeira vez em 2 anos e meio, reforçando as expectativas de que o Fed desacelere o ritmo de alta das taxas.