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Ibovespa Futuro opera com baixa antes do Copom e Fed

Dados do mercado de trabalho dos EUA e indústria no Brasil também são destaque na sessão de hoje

Felipe Moreira

Mercado de ações (Foto: Getty Images)
Mercado de ações (Foto: Getty Images)

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta quarta-feira (1), com investidores montando posições antes da decisão sobre juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O mercado é unânime em apostar que a taxa Selic será reduzida para 12,25% ao ano.

O Federal Reserve dos EUA (Fed) também vai anunciar sua decisão de política monetária hoje, com a expectativa pela manutenção dos juros em 5,25%-5,5%.

Além da política monetária, agentes do mercado seguem de olho na questão fiscal e meta de déficit zero de 2024.

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Na frente de dados domésticos, a produção industrial subiu 0,1% em setembro, após ter registrado alta de 0,4% em agosto. Na comparação com setembro de 2022, a produção avançou 0,6%, após ter subido 0,5% em agosto.

Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro operava com desvalorização de 0,30%, aos 114.340 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, com atenções voltadas para dados do mercado de trabalho, além da decisão do Fed e entrevista de Jerome Powell, presidente da autoridade monetária.

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Ao longo da manhã, antes do Fed, vão ser divulgados nos EUA dados do mercado de trabalho e de atividade industrial, que podem influenciar as falas de Powell.

Os comentários do presidente do Fed serão examinados de perto para avaliar a direção das taxas de juros e por quanto tempo permanecerão mais altas.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,38%, S&P Futuro recuava 0,46% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,51%.

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Dólar hoje

O dólar comercial operava com alta de 0,04%, cotado a R$ 5,042 na compra e R$ 5,043 na venda.

Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro avançava 0,08%, indo aos 5.059 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, subia 0,23%, a 106,91 pontos.

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No mercado de juros, os contratos operavam com forte alta, com exceção do vencimento mais curto, dando continuidade ao movimento das últimas sessões, à medida que crescem as incertezas fiscais no Brasil. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,04%; DIF25, +0,06 pp, a 11,14%; DIF26, +0,10 pp, a 11,14%; DIF27, +0,010 pp, a 11,32%; DIF28, +0,08 pp, a 11,52%; DIF29 +0,07 pp, a 11,66%.

Exterior

Os mercados europeus operam no campo positivo, ampliando os ganhos da véspera, com os investidores aguardando a próxima decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve dos EUA.

As ações europeias fecharam em alta na terça-feira, depois que dados mostraram que a inflação na zona do euro caiu para o menor nível em dois anos , de 2,9%, em outubro, mostraram dados preliminares na terça-feira. Economistas consultados pela Reuters esperavam alta de 3,1%.

Entretanto, a agência de estatísticas Eurostat afirmou que a economia da zona euro contraiu 0,1% no terceiro trimestre, abaixo de uma previsão de estagnação.

As leituras ocorrem depois que o Banco Central Europeu interrompeu sua série recorde de 10 aumentos consecutivos das taxas de juros quando se reuniu na semana passada.

Na frente de dados, os preços das casas no Reino Unido registraram um aumento surpreendente de 0,9% mês a mês em outubro, disse o credor Nationwide. Economistas consultados pela Reuters esperavam um declínio mensal de 0,4%.

Os preços caíram 3,3% em relação ao ano anterior, contra uma expectativa de 4,8%, e após uma queda anual de 5,3% em setembro.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, com destaque para forte alta do mercado japonês um dia depois de o seu banco central ter aumentado a flexibilidade em torno da sua política de controlo da curva de rendimentos, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária nos EUA.

A atividade manufatureira da China registrou uma contração surpreendente em outubro, mostrou uma pesquisa privada.

O PMI industrial Caixin/S&P Global caiu para 49,5 em outubro, de 50,6 em setembro. Esta foi a primeira contração em quatro meses. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma leitura de 50,8.

Na Coreia do Sul, dados mostraram que as exportações aumentaram 5,1% em outubro em termos anuais, pela primeira vez em 13 meses, enquanto a sua atividade fabril registou uma contração ligeiramente mais profunda.

Commodities

As cotações do petróleo avançam antes da decisão de juros nos Estados Unidos, uma vez que o mercado também acompanha de perto os últimos desenvolvimentos no conflito Israel-Hamas.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte alta, uma vez que os sinais positivos da última reunião financeira da China, principal consumidor, deram um impulso adicional ao sentimento do mercado, além dos fundamentos sólidos do principal ingrediente siderúrgico.

A China estabelecerá um mecanismo para resolver os riscos da dívida local e gerir a dívida do governo local, disse a mídia estatal na terça-feira, citando uma importante reunião de política financeira que acontece duas vezes por década, realizada nos dias 30 e 31 de outubro.

Pequim também ajudará com exigências de financiamento razoáveis ​​para todos os tipos de empresas imobiliárias e prosseguirá políticas que visem satisfazer a procura de habitação.

O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,14%, a US$ 120,5 a tonelada.