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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (6), em linha com o pré-mercado dos Estados Unidos, com investidores avaliando as perspectivas econômicas globais e de olho na cerimônia de posse do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
A cerimônia de posse do ex-ministro de Dilma Rousseff está marcada para as 10h na sede do banco do no Rio de Janeiro.
Ainda cenário local, o presidente Lula avalia iniciar a ampliação da faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) ainda este ano para quem ganha dois salários mínimos (R$ 2.604). A faixa de isenção está atualmente em R$ 1.903, o que faz com que quem ganha menos do que um salário mínimo e meio já tenha que pagar o imposto.
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Às 9h14 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com queda de 0,56%, aos 108.245 pontos.
Ibovespa hoje: o movimento do mercado ao vivo nesta segunda-feira
Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam com baixa na manhã desta segunda-feira, em semana marcada pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, e por mais resultados corporativos, depois que payroll de janeiro acima do esperado colocou em xeque o otimismo com a desaceleração da inflação nos EUA e a aposta de corte do juro já neste ano.
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O discurso de Powell durante o The Economic Club of Washington deve fornecer sinais sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos e quais serão os próximos passos do BC.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,55%, S&P Futuro recuava 0,72% e Nasdaq Futuro tinha baixa de 0,93%.
De volta ao cenário nacional, a tendência de alta na projeções para a inflação tanto para 2023 quanto para 2024 continua entre os analistas do mercado financeiro. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Relatório Focus, do Banco Central, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano subiu de 5,74% para 5,78%, na oitava alta seguida.
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A projeção de inflação para 2024 avançou de 3,90% para 3,93% (terceira semana de alta), enquanto a de 2025 ficou nos mesmos 3,50% projetados há uma semana e a de 2026 também permaneceu em 3,50%.
A previsão da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) foi mantida em 12,50% para este ano, mas a de 2024 subiu de 9,50% para 9,75%. A de 2025 avançou de 8,50% para 9,0% e a de 2026 foi mantida em 8,50%.
Dólar
O dólar comercial operava com alta de 0,52%, cotado a R$ 5,174 na compra e 5,175 na venda, ampliando os ganhos da semana passada. Já o dólar futuro para março subia 0,45%, a R$ 5,194.
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O índice DXY, que mede a força do dólar perante uma cesta moedas, opera com alta na sessão de hoje, depois que um forte relatório de empregos nos EUA sugeriu que o Fed poderia permanecer hawkish por mais tempo.
No mercado de juros, os contratos futuros operam sem direção definida, após fecharem a semana passada com alta, refletindo o aumento da aversão ao risco. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 13,82%; DIF25, -0,01 pp, a 13,27%; DIF26, +0,01 pp, a 13,17%; DIF27, +0,01 pp, a 13,19%; DIF28, +0,01 pp, a 13,23%; e DIF29, +0,01 pp, a 13,34%.
Exterior
Os mercados europeus operam com baixa na sessão de hoje, com agentes do mercado avaliando as perspectivas econômicas globais e os esforços para conter a inflação alta.
Na frente de indicadores, as vendas no varejo da Zona do Euro caíram 2,8% em dezembro do ano passado frente o mesmo período de 2021. O consenso Refinitiv previa queda de 2,7% na base anual.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria, após o relatório de empregos dos EUA mais forte do que o esperado aumentando preocupações de que o Federal Reserve tem que aumentar os juros por mais tempo, à medida que continua seus esforços para controlar a inflação.
As cotações do minério de ferro na China também sobem na sessão de hoje, com investidores de olho na retomada da demanda chinesa.
Os preços do petróleo sobem nesta segunda-feira, depois de recuar cerca de 8% na semana passada, com temores de recessão das principais economias do mundo superando os sinais de recuperação da demanda na China, maior importadora mundial de petróleo.
Enquanto os temores de recessão dominaram o mercado na semana anterior, no domingo, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, destacou que a recuperação da China continua sendo um fator importante para os preços da commodity.