IM Trader
Conteúdo editorial apoiado por

Ibovespa futuro opera em queda de quase 1%, com pressão de juros americanos; Dólar sobe 0,64%

Pressão altista no juros americano derruba ativos de risco mundo afora e aumenta perspectiva de recessão mundial

Vitor Azevedo

Publicidade

O Ibovespa futuro opera em queda no pré-mercado desta segunda-feira (19). O contrato do principal índice da Bolsa brasileira, às 9h30, caia 1,05%, aos 109.290 pontos, acompanhando o que é visto nos Estados Unidos.

Em Nova York, o Dow Jones futuro recua 0,45%, o S&P 500, 0,72%, e a Nasdaq, 0,90%. A semana é marcada por cautela, por conta da “Super Quarta”, na qual o Federal Reserve e o Banco Central brasileiro decidem suas novas taxas de juros.

“Bolsas europeias e futuros americanos abrem o dia em baixa, na espera da decisão do Fed nesta quarta-feira. Esta semana será definida pelo tom das decisões dos principais Bancos Centrais. O FOMC naturalmente será o grande evento na quarta-feira, mas também teremos a reunião do BoJ (Japão), PBoC (China), BoE (Reino Unido) e claro, a do Copom aqui no Brasil”, traz a Guide Investimentos, em seu morning call.

Continua depois da publicidade

A expectativas, nos Estados Unidos, é que o Fed eleve a taxa em 75 pontos-base, para o intervalo de 3% e 3,25%. Hoje mais cedo, o treasury yield com vencimento em dez anos bateu 3,50%, maior nível desde 2011.

Na Europa, os principais índices também operam em baixa – o DAX, da Alemanha, cai 0,57%; o FTSE, do Reino Unido, 0,62%; o CAC 40, da França, 1,05%; e o STOXX 600, de toda a União Europeia, 0,72%.

Ibovespa futuro: juros e dólar

“Por lá, o foco também ficara pela decisão de política monetária do Banco da Inglaterra nesta quinta-feira”, comenta a XP Investimentos, em sua abertura de mercados.

Continua depois da publicidade

Ainda no exterior, os principais títulos do tesouro também avançam, acompanhando os americanos.

O título da dívida alemã com vencimento em dois anos sobe 4,6 pontos-base, para 1,595%, no maior nível desde 2011, e o para dez anos vai a 1,808%, maior patamar desde 2013, com alta de 4,5 pontos-base.

O dólar, no entanto, ganha força frente às principais divisas do mundo. O DXY sobe 0,20%. aos 109,97 pontos, na esteira da alta dos juros americanos. Frente ao real, a alta é de 0,64%, a R$ 5,292 na compra e a R$ 5,293 na venda.

Continua depois da publicidade

A curva de juros brasileira acaba acompanhando a performance do restante do mundo. A taxa dos DIs para 2023 ganham um ponto-base, indo a 13,80%, e a dos DIs para 2025 vão a 12,11%, subindo nove pontos. Os DIs para 2027 e 2029 ganham, ambos, 11 pontos, a 11,825 e 11.92%. O DI para 2031 tem seu rendimento subindo 10 pontos, a 11,99%.

Nem mesmo a nova revisão para baixo da inflação brasileira de 2022 e 2023, trazida pelo Boletim Focus,  impediu a pressão altista na curva.

Além disso, o petróleo Brent, também um fator importante para a alta dos preços, cai 2,45%, a US$ 89,11, com a perspectiva de menor crescimento global por conta da alta dos juros. O minério de ferro caiu 1,40% na bolsa de Dalian, a US$ 100,5.

Continua depois da publicidade

Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora

Ibovespa

Segue na lateralização e em um movimento de consolidação nessa ultimas semanas. Semana passada foi a primeira vez que tentou romper acima de maxima de candles anteriores e falhou, indicando falta de força para um novo movimento de alta. Seguimos aguardando o rompimento do suporte de 109.000 pontos ou da resistencia de 114.200 pontos.

Dólar

Tentou romper o topo da lateralização em 5.300 e falhou, com o fechamento de Sexta feira bem no ponto de abertura, se romper a minima de sexta hoje, podemos esperar um movimento de baixa para testar o fundo da lateralização em 5.100 pontos.

Procurando uma boa oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje.