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Ibovespa Futuro opera perto da estabilidade, seguindo exterior; Relatório de Inflação, Campos Neto e Galípolo estão no radar

Falas do presidente do Fed e indicadores nos EUA são alguns dos temas de maior destaque nesta quinta-feira

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera perto da estabilidade nos primeiros negócios desta quinta-feira (28), seguindo os índices futuros em Wall Street. Na agenda doméstica, investidores repercutem o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central (RTI), enquanto aguardam por falas de Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária.

Às 9h21 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com leve queda de 0,03%, aos 114.940 pontos.

O Banco Central melhorou sua estimativa de crescimento para a economia brasileira em 2023 a 2,9%, de 2,0% estimados em junho, mostrou o RTI divulgado na manhã de hoje, que também apresentou projeção de alta de 1,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024.

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O Relatório Trimestral de Inflação também trouxe pela primeira vez a estimativa da autoridade monetária para a inflação de 2026, com Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,1% no cenário de referência. A meta para aquele ano foi definida em 3,0% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho, e o governo avisou na ocasião que iria editar um decreto mudando o regime para meta contínua a partir de 2025. As estimativas do BC para a inflação de 2023 ficaram em 5,0%, 2024 (3,5%) e 2025 (3,1%).

A partir das 11h, Campos Neto participa de coletiva de imprensa sobre política monetária. Na véspera, ele se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa reunião que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ter sido de “excelente” e para “construção de relação”, mas em que não foram discutidos tópicos específicos, como o nível dos juros.

Mais cedo, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, participou como palestrante de café da manhã promovido pela Diálogos Prospectiva.

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Ainda hoje, o Caged divulgará dados da criação empregos formais durante o mês de agosto. O consenso Refinitiv aponta para a criação de 178 mil vagas formais.

Futuros em Nova York

Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam entre leves ganhos e perdas, à medida que investidores avaliam perspectivas de juros altos por mais tempo, enquanto aguardam por sinalizações da política monetária adiante em discurso do presidente do Fed às 17h (horário de Brasília).

Os investidores também estão atentos aos esforços dos legisladores dos EUA para evitar outra paralisação do governo em Washington.

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Os rendimentos do Tesouro dos EUA a dez anos, que são a referência dos custos globais de financiamento, situaram-se acima dos 4,6% pela primeira vez desde 2007, tendo começado em setembro nos 4%.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,14%, o S&P Futuro tinha alta de 0,09% e Nasdaq Futuro recuava 0,07%.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,34%, cotado a R$ 5,029 na compra e R$ 5,030 na venda, depois de fechar acima de R$ 5 na sessão anterior, quando temor de juros altos e cenário nebuloso com possível shutdown nos EUA aumentaram aversão ao risco.

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Já o dólar futuro (DOLFUT) para outubro subia 0,31%, indo aos 5.007 pontos.

O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, recuava 0,34%, a 106,30.

No mercado de juros, os contratos com operavam sem direção única, com investidores repercutindo os dados do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,02 pp, a 12,26%; DIF25, -0,02 pp, a 10,92%; DIF26, +0,02 pp, a 10,82%; DIF27, +0,02 pp, a 11,06%; DIF28, 0,00 pp, a 11,34%; DIF29 +0,01 pp, a 11,53%.

Exterior

Os mercados europeus operam sem direção única, à medida que os investidores continuam a avaliar a as altas taxas de juros e a saúde da economia global.

Isso ocorre depois que os mercados regionais caíram na quarta-feira, fechando no menor nível em 6 meses.

A prévia da inflação ao consumidor da Alemanha subiu 0,3% em setembro, em linha com o esperado e mesmo valor de agosto.

Na base anual, o índice de inflação ao consumidor em setembro subiu 4,5%, abaixo dos 4,6% esperados e dos 6,1% de agosto.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam no vermelho em sua maioria, depois de registarem alguns ganhos na quarta-feira, uma vez que um aumento nos rendimentos do Tesouro americano e nos preços do petróleo prejudicou o sentimento dos investidores em Wall Street.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,36%, depois que a bolsa anunciou que as ações da empresa imobiliária chinesa Evergrande foram suspensas.

O índice de Shanghai, por sua vez, fechou com alta de 0,10%.

Já o Nikkei 225, do Japão, caiu 1,54%, para terminar em 31.872,52 pontos, a primeira vez em cerca de um mês que o índice caiu abaixo da marca de 32.000 pontos.

O S&P/ASX 200, da Austrália, ampliou as perdas de quarta-feira e perdeu 0,08%, atingindo seu nível mais baixo desde 10 de julho.

Os mercados da Coreia do Sul estão fechados devido a feriado.

Minério de ferro sobe antes de feriado na China

As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta, sustentadas por dados de maior produção de metais quentes, mesmo com os traders preferindo adotar uma postura cautelosa antes do feriado que se aproxima, a partir de 29 de setembro, na China, principal consumidor.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou o dia com alta de 0,89%, a 852 iuanes (US$ 116,66) a tonelada.

O minério de ferro de referência de outubro na Bolsa de Cingapura subiu 0,77%, para US$ 117,45 a tonelada.

Os mercados na China estarão fechados para feriados de 29 de setembro a 6 de outubro.

Os contratos futuros de petróleo operam com leve baixa após atingirem o maior nível em mais de um ano nesta quinta-feira, com a queda nos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos somando-se às preocupações com a oferta global restrita devido aos cortes de produção da Opep+.

Os estoques de petróleo bruto em Cushing, Oklahoma, caíram para 22 milhões de barris na quarta semana de setembro – pairando perto do mínimo operacional, de acordo com dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) . Isso representa uma queda de 943 mil barris em comparação com a semana anterior.

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