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Ibovespa Futuro sobe com investidores de olho no BC e Fazenda, em meio às visões sobre juros nos EUA

Taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2023 foi de 7,7%, caindo 0,4 ponto percentual (p.p.) ante o segundo trimestre deste ano

Felipe Moreira

Mercado de ações (Foto: Getty Images)
Mercado de ações (Foto: Getty Images)

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O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta quarta-feira (22), enquanto investidores monitoram falas do Ministério da Fazenda e do Banco Central, em meio às perspectivas de início de corte de juros nos EUA.

A ata do Fomc, divulgada na véspera, indicou que a política monetária deve continuar restritiva, ao não cogitar a possibilidade de cortes na taxa de juros dos EUA. No entanto, não alterou as expectativas do mercados, que vê uma probabilidade de 29% de corte nas taxas de juros em março e de 60% em maio.

Já o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a falar em evento promovido nesta manhã pela Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, no Senado Federal. Na véspera, ele sinalizou que a autoridade monetária pode avançar na queda da Selic.

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Também pela manhã será realizado evento de aniversário da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda com presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e dos secretários Guilherme Mello e Bernard Appy. O diretor de Política Econônica do BC, Diogo Guillen, também participa.

Na frente de dados, a taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2023 foi de 7,7%, caindo 0,4 ponto percentual (p.p.) ante o segundo trimestre deste ano (8,0%) e 1,0 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (8,7%).

Às 9h13, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com ganho de 0,40%, aos 126.990 pontos.

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Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, com investidores digerindo a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e os resultados da gigante de chips Nvidia.

A minuta do Fomc não alterou as expectativas do mercados, que vê uma probabilidade de 29% de corte nas taxas de juros em março e de 60% em maio. O BC dos EUA sinaliza novamente que está em compasso de espera e seria necessário um choque inflacionário para que considerassem outro aumento.

Os lucros e receitas ajustados da Nvidia no terceiro trimestre superaram as expectativas, mas a empresa admitiu que as vendas para a China seriam significativamente reduzidas pelas restrições de Washington, mas equilibrou isso dizendo que a queda seria mais do que compensada pelo forte crescimento em outras regiões.

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Na frente de dados, os investidores estarão atentos às encomendas de bens duráveis, aos pedidos semanais de seguro-desemprego e aos dados sobre o sentimento do consumidor.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,01%, S&P Futuro subia 0,14% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,24%.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,04%, cotado a R$ 4,895 na compra e R$ 4,896 na venda, após fechar em alta firme ante o real na véspera, em meio a ajustes de preços, a receios com a área fiscal e à alta da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas, em dia de divulgação da ata do Fed.

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Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro caía 0,23%, indo aos 4,890 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, avançava 0,13%, a 103,70 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam com forte baixa em sua maioria. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 11,94%; DIF26, -0,10 pp, a 10,23%; DIF28, -0,09 pp, a 10,59%; DIF31 -0,08 pp, a 10,96%.

Exterior

Os mercados europeus operam no campo positivo, liderados pelas ações de mídia e do setor imobiliário, com a empresa de software Sage saltando para uma máxima recorde após um forte lucro operacional anual.

As ações do setor imobiliário lideraram os ganhos setoriais, subindo 0,7%, enquanto as ações de mídia avançaram 0,5%.

Entre os movimentadores individuais, a Sage saltou 7%, após um aumento de 18% no lucro operacional subjacente do ano inteiro. Com as margens expandindo para 20,9%, a empresa britânica disse que continuariam a aumentar este ano.

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 22, após ata do Federal Reserve (Fed) ter reforçado preocupações sobre inflação nos Estados Unidos, em uma semana mais curta em Wall Street por conta do feriado americano de Ações de Graças.

Na China, o índice Xangai composto encerrou a sessão em baixa de 0,79%, a 3.043,61 pontos, na mínima do dia, enquanto a referência dos negócios em Shenzhen, menos abrangente, recuou 1,41%, a 9.855,66 pontos. Em Hong Kong, o Hang Sang ficou estável em 17.734,60 pontos. Já o Taiex, de Taiwan, cedeu 0,61%, a 17.310,26 pontos.

Na terça-feira, a ata do Fed mostrou que dirigentes consideram prematura declarar vitória contra os desequilíbrios inflacionários. Segundo o documento, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não descartam a possibilidade de mais aperto monetário à frente, caso não haja progressos no processo de retomada da estabilidade de preços.

Commodities

As cotações do petróleo operam com baixa, com um aumento potencialmente grande do petróleo bruto dos EUA anulando os ganhos desencadeados por prováveis ​​cortes de oferta do grupo de produtores OPEP+.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, impulsionados pelo otimismo persistente sobre suporte adicional ao mercado imobiliário da China , embora o enfraquecimento do mercado de aço tenha limitado os ganhos na sessão da manhã.

O preço de referência do minério de ferro SZZFZ3 para dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,04%, para US$ 134,65 a tonelada, o maior valor desde 21 de fevereiro.