IM Trader
Conteúdo editorial apoiado por

Ibovespa Futuro tem baixa de mais de 2% após resultado das eleições; investidores no exterior esperam por Fed

No exterior, investidores ainda repercutem a inflação e prévia do PIB da Zona do Euro, além de dados de atividade fabril da China abaixo do esperado

Felipe Moreira

Publicidade

O Ibovespa Futuro opera em forte baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (31), com agentes do mercado reagindo negativamente ao resultado do segundo turno das eleições. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República pela terceira vez.

Às 9h16 (horário de Brasília), o contrato para dezembro tinha baixa de 2,73%, aos 113.805 pontos.

Mais cedo, por volta das 7h30, o MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), principal ETF (fundo de gestão passiva) atrelado à Bolsa brasileira caía 5,69% na NYSE, a US$ 29,66, no pré-market da Bolsa de Nova York, enquanto os ADRs (recibo de ações, na prática, ativos negociados das empresas brasileiras na NYSE) ordinários da Petrobras (PETR3) tinham baixa de 9,44%, a US$ 12,18, e os PBR-A, relativos aos preferenciais PETR4 tinham queda de 8,98% no mesmo horário, a US$ 11,15.

Continua depois da publicidade

De acordo com analistas ouvidos pelo InfoMoney no último domingo, a projeção já era de uma sessão negativa para o mercado nesta segunda pós-eleição, em meio às incertezas sobre a política econômica do presidente eleito, ainda que o movimento possa se atenuar à medida que haja definições de nomes para os cargos-chave do novo governo.

Nos EUA, os índices futuros também operam em baixa, enquanto investidores se preparam para a última reunião do Federal Reserve (Fed), que começa amanhã (1) e deve dar continuidade ao ciclo de aperto monetário, com mais uma alta de 75 pontos-base. Além da decisão em si, o mercado vai acompanhar as sinalizações do Fed para os próximos encontros – se há, ou não, espaço para desacelerar as altas.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,37%, S&P Futuro caía 0,42% e Nasdaq Futuro tinha baixa de 0,57%.

Continua depois da publicidade

No câmbio, o dólar comercial operava com alta de 1,37%, cotado a R$ 5,372 na compra e R$ 5,373 na venda, em um movimento de ajuste de posições após resultado da eleição presidencial. Já o dólar futuro para outubro tinha alta de 0,74%, a R$ 5,341.

Com relação a curva de juros, os contratos futuros também operam em alta em sua maioria, repercutindo o resultados da eleição presidencial. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável a 13,68%; DIF25, tem alta de 0,02 ponto percentual (pp), a 11,86%; DIF27, +0,08 pp, a 11,73%; e DIF29, +0,08 pp, a 11,83%.

Na agenda local, a política monetária também continua em foco, com a divulgação da ata do Copom da última reunião na semana passada, e no campo dos dados econômicos, o destaque será a produção industrial de setembro.

Continua depois da publicidade

Exterior

Os mercados europeus operam entre perdas e ganhos, enquanto investidores repercutem os números de inflação e do PIB da zona do euro.

Dados preliminares divulgados na segunda-feira mostraram que a inflação chegou a 10,7% ao ano no mês passado. Já o PIB subiu 0,2% no terceiro trimestre na comparação trimestral, em linha com o esperado, após subir a uma taxa de 0,8% no segundo trimestre.

Na Alemanha, o volume das vendas no varejo em outubro cresceu 0,9% em termos reais (ajustados pelo preço) em setembro em relação a agosto, de acordo com os resultados provisórios divulgados nesta segunda-feira pelo departamento federal de estatística do país, o Destatis). Em termos nominais o avanço foi de 1,8%

Continua depois da publicidade

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistas, com a atividade fabril na China aquém das expectativas, e os mercados aguardam a reunião do Fed no meio da semana.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China caiu de 50,1 em setembro para 49,2 em outubro, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês). O número ficou abaixo da marca de 50 esperada pelo consenso Refinitiv.

Os preços do minério de ferro recuam, dando continuidade para queda da semana anterior, com restrições mais amplas de Covid no gigante asiático.

O contrato futuro negociado na Bolsa de Dalian deve marcar a maior queda mensal desde fevereiro de 2020, com uma queda inesperada na atividade fabril em outubro na China somando-se a uma perspectiva sombria para a maior produtora de aço do mundo.

As cotações do petróleo também operam em baixa devido a preocupações de que a ampliação das restrições ao Covid-19 na China reduzirá a demanda, compensando os sinais de que a produção no principal campo de xisto dos EUA está perdendo força.