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Ibovespa Futuro tem leve alta com julgamento dos precatórios no radar e à espera de dados de inflação durante a semana

Semana conta ainda com dados de emprego e indústria no Brasil

Felipe Moreira

(gorodenkoff/Getty Images)
(gorodenkoff/Getty Images)

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O Ibovespa Futuro opera com leve alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (27), em início de semana marcada por dados de inflação nos EUA e no Brasil. Além disso, investidores estão de olho no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de ações que questionam emendas constitucionais que criaram um teto anual para o pagamento de precatórios de 2022 a 2026.

Na quinta-feira saem tanto os dados de inflação da zona do euro quanto do índice PCE dos EUA, medida preferida do Federal Reserve (Fed).

No Brasil os números do IPCA-15 de novembro serão divulgados na terça-feira, com expectativas em pesquisa da Reuters de alta de 0,30% sobre o mês anterior e de 4,8% em 12 meses.

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Ainda na pauta nacional, os mercados devem ficar de olho também no julgamento pelo STF, no plenário virtual, de ações que questionam emendas constitucionais que criaram um teto anual para o pagamento de precatórios de 2022 a 2026, matéria acompanhada com muita atenção pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o ajuste das contas públicas.

Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta segunda para a Arábia Saudita, em visita oficial antes de partir para a cúpula ambiental Conferência das Partes (COP) 28, em Dubai.

Às 9h14, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com valorização de 0,07%, aos 126.425 pontos.

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Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, em semana movimentada em termos de indicadores econômicos e comentários do Fed. Na segunda-feira, serão divulgadas as vendas de casas novas e a última Pesquisa de Manufatura do Fed de Dallas.

As leituras da confiança do consumidor e da inflação serão divulgadas no final da semana.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro recuava 0,14%, S&P Futuro caía 0,15% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,11%.

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De volta ao cenário nacional, a projeção para a inflação de 2023 feita por analistas manteve a tendência de queda nesta semana, enquanto a estimativa para o IPCA de 2024 se estabilizou, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Relatório Focus do Banco Central. A previsão para o crescimento do PIB para este ano voltou a cair.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,05%, cotado a R$ 4,895 na compra e R$ 4,896 na venda.

Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro subia 0,04%, indo aos 4,901 pontos.

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Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, recuava 0,11%, a 103,29 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam sem direção única. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 11,92%; DIF27, -0,02 pp, a 10,34%; DIF29, 0,00 pp, a 10,78%; DIF31 +0,01 pp, a 11,01%.

Exterior

Os mercados acionários da Europa exibem sinal negativo, nas primeiras horas de negócio desta semana, embora perto da estabilidade em alguns casos. Após pregão negativo na Ásia nesta segunda-feira (27) e com futuros de Nova York também em baixa, o impulso parece contido para a tomada de risco. A ação da Casino, porém, sobe em Paris, após a companhia confirmar em comunicado mais cedo que recebeu demonstrações de interesse por lojas em supermercados e hipermercados.

No continente, o Conselho Europeu informou em comunicado que deu seu aval final ao acordo de comércio entre a União Europeia e a Nova Zelândia. A iniciativa pode entrar em vigor no início de 2024, diz o texto, após o país concluir procedimentos legais previstos nesse processo.

Na França, o grupo Casino Guichard-Perrachon, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, informou sobre demonstrações de interesse por lojas suas, após “rumores na imprensa”, e diz que elas serão avaliadas nas próximas semanas.

Ásia

Os mercados acionários da Ásia fecharam com sinal negativo, nesta segunda-feira, com perdas em Xangai e também em Tóquio. Na China, um indicador mostrou crescimento no lucro industrial em outubro, na comparação anual, mas nas bolsas o sentimento foi negativo, com ações de incorporadoras novamente em foco.

O lucro industrial da China cresceu 2,7% em outubro, ante igual mês do ano passado, segundo dados oficiais. A alta foi a terceira consecutiva, mas o impulso foi menor que o ganho anual de 11,9% visto em setembro. Entre janeiro e outubro, o lucro industrial na China cai 7,8% ante igual intervalo de 2022.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,30%, em 3.031,70 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,38%, a 1.980,77 pontos. Ações do setor imobiliário e também de fabricantes de bebidas estiveram sob pressão. Vantone Neo Development Group liderou as baixas, com queda de 10%, enquanto Zhuhai Huafa Properties caiu 3,7% e Poly Developments, 2,5%. Entre as fabricantes de bebidas, Kweichow Moutai e Shanxi Xinghuacun Fen Wine Factory caíram 0,8% e 1,5%, respectivamente. Já ações ligadas ao carvão e a semicondutores subiram. Em foco, Chongqing Changan Automobile subiu 10% ante o plano da empresa de uma joint venture com a Huawei.

Commodities

Os preços do petróleo operam em queda, enquanto os investidores aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) no final desta semana para um acordo para reduzir a oferta até 2024.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta, apesar da cautela depois que o maior consumidor mundial, a China, emitiu alertas sobre o aumento da supervisão do mercado, e enquanto os investidores aguardavam detalhes do governo sobre estímulos relacionados ao setor imobiliário.

O minério de ferro de referência para dezembro, SZZFZ3, na Bolsa de Cingapura, caiu 1,17%, para US$ 132,3 a tonelada.