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Ibovespa sobe 1,29% na sexta, com cenário externo e IPCA, e 2,04% na semana; Dólar cai 0,51%

Principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o que foi visto no exterior e teve ajuda também da publicação do IPCA de outubro

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou com alta de 1,29% nesta sexta-feira (10), voltando a tocar o patamar dos 120 mil pontos, com 120.568 pontos mais precisamente, e com mais 2,04% na semana.

Hoje, o principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o que foi visto no exterior. Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 1,15%, 1,56% e 2,05%.

“O ajuste nos yields após a alta de ontem ajudou para o cenário positivo, contando também com a defesa do déficit zero por parte do ministro da Fazenda e a queda dos juros futuros”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

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Na véspera, a curva de juros americana saltou, na esteira de falas mais duras de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Traders também destacaram uma questão pontual: um baixo interesse visto nos títulos após um leilão de treasuries, que pode ter sido influenciado, no entanto, por um ataque hacker ao banco chinês ICBC, o que impactou a liquidação dos títulos dos tesouros americanos.

Hoje os treasuries para dez anos perderam oito pontos-base, a 4,622%, mesmo sem nenhuma grande divulgação de dado macroeconômico ou fala de autoridade.

“O Ibovespa operou em alta, seguindo os índices norte-americanos e também influenciado pela divulgação dos dados da inflação oficial do país – IPCA, que veio abaixo do consenso de mercado”, acrescenta Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital. “Este último fato é bastante positivo para os ativos de risco e deixou o mercado otimista. Com isso, os juros futuros seguiram em queda, o que beneficiou empresas do setor de varejo e consumo”.

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O IPCA subiu 0,24% em outubro, abaixo do esperado. Para economistas, a leitura qualitativa da inflação divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE continua benigna, o que aponta para um cenário mais tranquilo na condução da política monetária pelo Banco Central, pelo menos no front doméstico.

A curva de juros brasileira, com auxílio da americana e do índice em questão, caiu em bloco. Os DIs para 2025 perderam nove pontos-base, a 10,73%, e os para 2027, 16,5 pontos, a 10,62%. As taxas dos contratos futuros para 2029 recuaram 15 pontos, a 10,99%, e as dos para 2031, 14 pontos, a 11,19%.

Entre as maiores altas do Ibovespa, com isso, ficaram companhias ligadas ao cenário interno. As ações do Grupo Soma (SOMA3) e as da MRV (MRVE3) subiram, ambas, mais de 6,5%. As da Dexco (DXCO3), quase 6%.

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A menor aversão ao risco no mundo derrubou também o dólar. Frente ao real, a queda foi de 0,51%, a R$ 4,914 na compra e a R$ 4,915 na venda. Na semana, a moeda americana teve leve alta de 0,3%.

Nishimura, da Nomos, destaca também a performance da Vale ([ativo=VALE3), com alta de mais de 1,5%, acompanhando a alta do minério de ferro. O preço do minério de ferro continuou em trajetória de recuperação nesta sexta-feira, a caminho de fechar a terceira semana consecutiva de ganhos, apoiado por preocupações com a oferta e a retomada das esperanças de melhora na demanda do setor imobiliário da China, principal consumidor de aço, após uma série de sinais positivos.