Magazine Luiza anuncia oferta bilionária de ações; Vale de olho em usinas da Cemig e mais 8 notícias no radar

Confira os principais destaques de ações desta terça-feira

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)
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SÃO PAULO – Noticiário começa a terça-feira (12) agitado após o Ibovespa superar sua máxima histórica na véspera. Destaque para a oferta de ações da Magazine Luiza, a venda de uma unidade de fertilizantes da Petrobras e a Vale confirmando que estuda adquirir usinas da Cemig colocadas em leilão. Confira as notícias:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras anunciou que deu início ao processo de venda da Unidade de Fertilizantes III (UFN-III) em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Segundo a estatal, a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, que pede a retomada das obras de construção da fábrica e proíbe a venda da unidade pela Petrobras, permanecerá suspensa até o dia 07 de novembro.

A fábrica é um dos maiores investimentos no estado e as obras pararam há quase três anos. A construção está 80,95% concluída e não tem previsão de término. A indústria será vendida em conjunto com a empresa Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa).

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Vale (VALE3; VALE5)
A Vale confirmou o interesse nas usinas da Cemig que devem ir a leilão neste mês. Em nota, a companhia disse que tem como um dos seus pilares estratégicos a autossuficiência energética e “uma das alternativas para atingirmos este objetivo poderia ser o leilão das hidroelétricas Jaguará, Miranda e São Simão, que está sendo estudado, porém ainda sem qualquer decisão”.

O jornal Valor Econômico afirma ainda que o veículo a ser usado no negócio, caso a mineradora decida avançar, será a Aliança Geração de Energia, parceria entre a Vale (55%) e a própria Cemig (45%). A próxima reunião do conselho da empresa acontece no dia 28 de setembro, um dia após a data prevista para o leilão, o que pode levar a uma reunião antecipada no dia 27 para definir o assunto.

Magazine Luiza (MGLU3)
A Magazine Luiza informou que seu Conselho de Administração aprovou a realização de oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 24.000.000 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal. 

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A distribuição primária será de 17.600.000 novas ações ordinárias, enquanto a distribuição secundária será de, inicialmente, 6.400.000 ações ordinárias de titularidade de Luiz Helena Trajano, Onofre de Paula Trajano, Fabrício Bittar Garcia, Flávia Bittar Garcia Faleiros e Franco Bittar Garcia, com esforços restritos de colocação, ou seja, uma oferta restrita sendo realizada no mercado de balcão.

Considerando o preço de fechamento das ações em R$ 78,30 em 8 de setembro, o valor total da oferta seria de R$ 1.879.200.000,00. Considerando apenas a oferta primária, o valor é de R$ 1.378.080.000,00. Vale lembrar que a oferta primária é feita pela própria companhia, ou seja, ela vende ações e o dinheiro vai para seu próprio caixa. Já em uma oferta secundária, são os grandes acionistas que vendem ações, e o dinheiro vai para eles.

J&F
A Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu parte dos efeitos do acordo de leniência da J&F até uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a validade do acordo de delação premiada dos executivos do grupo.

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A decisão, emitida pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, atinge possíveis repercussões penais que podem atingir pessoas ligadas à J&F que não integram a lista de colaboradores já homologada pelo STF. Os efeitos civis do acordo de leniência continuam válidos, segundo esclarecimentos divulgados pelo Ministério Público Federal.

BR Malls (BRML3)
Segundo o Valor Econômico, buscando novas estratégias para seu portfólio, a BR Malls estuda a possibilidade de criar um fundo de investimento imobiliário formado por ativos do grupo, incluindo alguns shoppings considerados não prioritários. A demanda esperada para esse fundo estaria entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, segundo uma fonte disse ao jornal.

Outra possibilidade seria a venda de ativos, de forma individual. Segundo a publicação, já foram identificados dez shoppings não estratégicos que a companhia pretende vender.

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CSN (CSNA3)
A CSN anunciou a indicação de Marcelo Cunha Ribeiro para diretor executivo de finanças a partir de 12 de setembro. A empresa não entrega ao mercado resultados financeiros auditados desde o final de 2016.

Ribeiro é engenheiro de produção pela USP e possui MBA na Harvard Business School. Foi vice-presidente de Finanças da Restoque e membro de conselhos de administração da Oi, Estácio e BR Malls. Ele iniciou a carreira na GP Investments, em 2000, chegando à posição de diretor da área de private equity em 2013.

Bradesco (BBDC3; BBDC4)
O Bradesco teve 7,4 mil adesões a um plano de demissão voluntária de pessoal lançado em julho e encerrado no final de agosto. O programa de demissão do banco ocorreu em meio a um enxugamento de posições no sistema financeiro.

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No final do ano passado, o Banco do Brasil reduziu sua força de trabalho em 9 mil funcionários e a Caixa reduziu seus quadros em cerca de 4 mil posições no início do ano, segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

Suzano (SUZB5)
A Suzano anunciou que iniciou a produção e vendas de papéis sanitários, conhecidos como “tissue”, em fábrica em Mucuri (BA), e que o início da produção do produto na fábrica em Imperatriz (MA) está previsto para o quarto trimestre deste ano.

O investimento total estimado é de R$ 540 milhões e considera capacidade total de produção de 120 mil toneladas anuais de tissue, sendo que a capacidade máxima de conversão coberta pelo projeto é de 60 mil toneladas anuais.

Recomendações
Houve também uma série de recomendações entre a noite de ontem e esta manhã. O Santander elevou a Vale e a Gerdau (GGBR4) de manutenção para compra, enquanto rebaixou a Usiminas (USIM5) de compra para manutenção. Já o Credit Suisse elevou a Ambev (ABEV3) de neutra para outperform. Por fim, o BTG Pactual iniciou sua cobertura da Omega Geração (OMGE3) com recomendação de compra.

Azul (AZUL3)
A companhia aérea Azul informa que o tráfego total de passageiros (RPKs) aumentou 15,5% em agosto ante igual mês de 2016, frente a um aumento de 13,1% na capacidade (ASKs). Como resultado, a taxa de ocupação foi de 81,6%, um aumento de 1,7 ponto porcentual comparado com o mesmo período do ano passado.

No mercado doméstico, a demanda cresceu 6,2% em agosto, enquanto a oferta avançou 4,1%. A taxa de ocupação nos voos nacionais ficou em 79,7%, alta de 1,6 ponto porcentual ante igual mês do ano passado.

No mercado internacional, a empresa registrou alta de 60,6% no tráfego de passageiros (RPKs) e aumento de 64,3% na oferta, com a taxa de ocupação das aeronaves recuando 2 pontos porcentuais, para 88,5%.

No acumulado do ano, o tráfego de passageiros cresceu 14,1% e a taxa de ocupação total aumentou 2,4 pontos porcentuais em relação ao ano passado, totalizando 81,7%. No mercado doméstico, a taxa de ocupação foi de 79,8% e no internacional foi de 90,3%.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.