Petrobras, bancos e mais 14 notícias agitam o radar desta quarta-feira

Confira os principais destaques desta manhã e que podem movimentar o pregão desta quarta-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário inicia movimentado nesta quarta-feira, véspera de feriado que manterá a Bovespa fechada amanhã. Nos destaques, a argentina YPF está preparando oferta pelos ativos da Petrobras (PETR3; PETR4) na Argentina após receber carta-convite, disseram duas pessoas com conhecimento direto do assunto à Bloomberg.

A carta foi recebida na sexta-feira e estabelece prazo até 15 de julho para as empresas informarem interesse, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. 

Além disso, o Valor informou que oito empresas foram convidadas para conhecer a Gaspetro, companhia que reúne os ativos de distribuição de gás da Petrobras, mas a disputa deve ficar mesmo entre a japonesa Mitsui e a chinesa Beijing Gas. 

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Vale monitorar também a proposta de desobrigar a Petrobras de ser a operadora única e ter participação mínima de 30% dos consórcios de exploração no pré-sal. Na avaliação de parlamentares favoráveis à mudança, a estatal não tem mais condições de arcar com os bilionários investimentos na extração do óleo em águas profundas. 

Vale
No radar da Vale (VALE3; VALE5), o minério de ferro entregue no porto de Qingdao, na China, desabou 10% nesta quarta-feira, atingindo o menor patamar desde 2009. Essa é a décima queda seguida da commodity, período em que acumula desvalorização de 28%. 

Pão de Açúcar
Em comunicado enviado ao mercado, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) informou que a auditoria interna não encontrou comprovantes de serviços prestados para pagamentos de R$ 8 milhões feitos ao advogado Márcio Thomaz Bastos e ao ex-ministro Antonio Palocci. Segundo revelou a revista Época, desse total, R$ 5,5 milhões teriam sido pagos à empresa Projeto, de Palocci, quando ele coordenava a campanha de Dilma Rousseff em 2010. 

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Telecom Italia
O presidente-executivo da Vivendi disse nesta quarta-feira que estava satisfeito com a fatia do grupo francês na Telecom Italia, dona da TIM (TIMP3), mas que não descarta um aumento dessa participação na empresa italiana no futuro.
 

No último mês, a Vivendi aumentou sua fatia para pouco menos de 15 por cento do total, substituindo a Telefónica (VIVT4) como maior acionista do grupo de telefonia e ganhando um ponto de partida em um país que segundo a empresa tem significativas perspectivas de crescimento. “Estamos felizes (com nossa participação), mas diz o ditado: nunca diga nunca”, declarou o presidente-executivo da Vivendi, Arnaud De Puyfontaine, a jornalistas em Roma.

Santander e Bradesco
Os bancos Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC3BBDC4) divulgaram comentários ao mercado ontem à noite sobre os rumores das ofertas para a comprar o HSBC Brasil. Em comunicados, as instituições afirmaram que continuam analisando as oportunidades de investimento que estiverem mais em linha com suas estratégias de crescimento e que possam agregar valor aos seus acionistas. 

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Gafisa
A Gafisa (GFSA3) comunicou hoje ao mercado que a Polo Capital atingiu participação relevante de 18,28% do total do capital social da Companhia, por meio da aquisição de ações ordinárias de emissão da Companhia pelo conjunto de fundos e carteiras geridos por ele, totalizando uma participação de 69.108.486 ações ordinárias da Companhia, incluindo 2.962.380 ADRs, cada qual representando 2 ações.

Equatorial
A Equatorial Energia (EQTL3) veio ao mercado comunicar que os investidores não residentes e fundos de investimento geridos pela Verde reduziram sua participação acionária na Companhia. Eles agora detêm 9.877.736 das ações ordinárioas emitidas pela companhia, o que corresponde a 4,97% do capital social e do total emitido nessa espécie de ação. 

Cesp
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou projeto de lei que autoriza elétrica estatal Cesp (CESP6) a participar de novos projetos tendo outras empresas como sócias, por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), o que facilita uma eventual retomada dos investimentos pela empresa.

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Apesar de ter o capital aberto, a estatal não possuía aval legislativo para entrar em SPEs, o que dificultava a participação em leilões e a realização de investimentos em parceria.

Além disso, Alckmin afirmou que o governo paulista não cogita privatizar a companhia. Os planos para a Cesp, segundo ele, caminham na direção contrária, na tentativa de fortalecimento da companhia. “Não há nenhum estudo hoje para a privatização. O que tem é um esforço grande para novos investimentos. E por isso sancionamos a lei que permite a criação de SPEs”, disse Alckmin, em referência a um projeto que permite à estatal participar de sociedades de propósitos específicos.

Comgás e Cosan
Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, a Cosan (CSAN3) e a Shell, controladoras da distribuidora de gás Comgás (CGAS5), confirmaram a intenção de investir na construção de um gasoduto que trará combustível do pré-sal da bacia de Santos para São Paulo. O projeto está estimado em R$ 8 bilhões.

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Direcional
A incorporadora e construtora Direcional (DIRR3) informou que foram lançados três projetos, totalizando 640 unidades e VGV (valor geral de vendas) de R$ 174 milhões, em sua prévia operacional do segundo trimestre de 2015. Esse montante é 24% menor quando comparado ao mesmo período de 2015, mas 793% ante o primeiro trimestre de 2015. 

Construtoras
Além disso, no radar das construtoras, a discussão sobre o aumento da remuneração do FGTS. O adiamento da votação do projeto de lei que sugere mudanças na remuneração do fundo para agosto foi bem recebido pelo SindusCon-SP. Para as instituições, se o projeto fosse aprovado da forma como está, o segmento de construção, que depende do FGTS para financiamento habitacional popular, saneamento e transporte urbano, seria fortemente prejudicado, assim como a 3ª fase do programa Minha Casa, Minha Vida. 

São Martinho
A São Martinho (SMTO3) convocou assembleia geral extraordinária para dia 31 de julho para decidir sobre um aumento de capital no valor de R$ 118,348 milhões, sem a emissão de novas ações ordinárias e, consequentemente, sem alteração do estatuto social. 

CCR 
A CCR (CCRO3) foi autorizada a cobrar pedágio da interseção do Rodoanel-Dutra.

OSX
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro derrubou ontem a decisão da 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que pedia o leilão do navio plataforma FPSO OSX-3 para pagar dívidas da OSX Brasil (OSXB3), empresa de estaleiros de Eike Batista. As informações são da coluna Radar, da Veja. O FPSO OSX-3 produz cerca de 11.000 barris de petróleo diários no campo de Tubarão Martelo, da OGPar (OGXP3), antiga OGX Petróleo.

Cosan Logística
O colegiado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) avaliou que a concessionária de ferrrovia ALL deverá submeter à aprovação de acionistas a remuneração paga a executivos fruto do seu plano de opção de ações. Em março deste ano, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a fusão das operações da ALL e Rumo Logística (RUMO3), controlada pela Cosan Logística (RLOG3), que passou a ser negociada em Bolsa em outubro do ano passado. 

Cremer
A empresa de investimento brasileira Tarpon Investimentos SA contratou o Morgan Stanley para explorar uma venda da Cremer (CREM3), maior fornecedora da nação de produtos de saúde.

Tarpon, que no ano passado assumiu o controle da Cremer com sede no Brasil Blumenau, lançou um processo formal de venda destinada especialmente à licitantes estrangeiros, disseram as fontes, que pediram anonimato já que o assunto é privado. A companhia detém 96% da Cremer. As fontes disseram que a Tarpon paulista quer, pelo menos, R$ 600 milhões (US$ 190 milhões) pela Cremer. Um ano atrás, a companhia concordou em comprá-la por cerca de US$ 60 milhões. 

(com Reuters)