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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue bem agitado na noite desta segunda-feira. Entre os destaques, Petrobras pode cancelar contrato com consórcio QGI, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa, rumores de que Bradesco estaria na frente na disputa para comprar o HSBC Brasil e seus possíveis desdobramentos, oferta bilionária da Embraer e acordo da OSX com credores da OSX Leasing BV. Confira abaixo o que chama atenção no pós-fechamento desta segunda-feira:
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras está muito perto de cancelar o contrato com o consórcio QGI, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, para a construção de módulos e integração das plataformas P-75 e P-77, no estaleiro do consórcio no Polo Naval de Rio Grande (RS), afirmou nesta segunda-feira o prefeito da cidade, Alexandre Lindenmeyer.
O cancelamento, segundo o prefeito, deverá ocorrer devido a uma disputa entre as companhias sobre valores de aditivos e pode ampliar o atraso no crescimento da produção da petroleira estatal. As duas plataformas estão destinadas ao campo de Búzios, na cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos, sendo que a P-75 estava prevista para ser entregue em 2016, enquanto a P-77 em 2017, segundo o plano de negócios da Petrobras 2014-2018.
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Embraer (EMBR3)
A Embraer confirmou oferta de US$ 1 bilhão em títulos de 10 anos nesta segunda-feira, emitidos por sua subsidiária Embraer Netherlands Finance BV. As notas serão total e incondicionalmente garantidas pela Embraer e deverão ser listadas na Bolsa de Valores de Nova York. Os títulos terão cupom de 5,05% ao ano a ser pago semestralmente. Citigroup e Morgan Stanley estão atuando como coordenadores da oferta, disse a companhia, por meio de comunicado enviado à CVM.
Bradesco (BBDC3; BBDC4)
O Bradesco pode enfrentar forte queda do capital, se sua oferta pela unidade brasileira do HSBC sair vencedora, afirmaram analistas do UBS nesta segunda-feira. Em reportagens, o serviço online do jornal O Estado de S. Paulo e a Bloomberg afirmaram que o Bradesco fez o maior lance entre os potenciais compradores do HSBC no Brasil. A Bloomberg, citando fontes, disse nesta segunda-feira que o Bradesco pode pagar até R$ 14 bilhões em dinheiro pelo HSBC Brasil.
Bradesco e HSBC não quiseram comentar.
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Se o Bradesco pagasse a transação com caixa e os órgãos reguladores aprovassem o negócio rapidamente, o chamado capital de nível 1 do Bradesco poderia cair para 10,1 por cento, ante 12,1 por cento em março, os analistas liderados por Philip Finch escreveram em nota a clientes.
O índice de Basileia, medida da força financeira a reserva de capital em relação a ativos ponderados pelo risco de um banco, deve ter piso de 11 por cento no Brasil. O capital de nível 1, composto sobretudo pelo patrimônio líquido, é o principal componente de Basileia.
Teles
A operadora francesa Orange estaria de olho em operadoras na Itália, Holanda e Bélgica. Segundo o Valor, entre os nomes estão a Telecom Italia, dona da TIM Brasil (TIMP3), a holandesa KPN e a belga Belgacom. Um eventual negócio com a Telecom Italia favoreceria a expansão do grupo no mercado brasileiro, por meio da TIM, informa o jornal.
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Klabin (KLBN11)
A Klabin teve seus ratings reiterados pela Standard & Poor’s em “BBB-” em escala global e “brAA+” em escala nacional. A perspectiva é negativa. Segundo a agência de risco, a nota incorpora a expectativa de uma rápida recuperação das métricas de alavancagem da companhia em 2016, à medida que a nova fábrica de celulose com capacidade para 1,5 milhão de toneladas, o Projeto Puma, inicie a operação.
CCR (CCRO3)
Em fato relevante divulgado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a CCR informou que pagou US$ 46,2 milhões e passou a deter 50% do Projeto Quito. Após a conclusão da operação, o Projeto Quito passará a ser dividido igualmente entre a CCR e Grupo Odinsa. A conclusão representa a concretização de mais uma etapa do planejamento estratégico do grupo, que tem como objetivo o crescimento de qualidade e agregação de valor aos acionistas, informou a empresa.
Dasa (DASA3)
A Diagnósticos da América comunicou hoje que seus acionistas aprovaram, em assembleia geral extraordinária realizada, a saída da companhia do Novo Mercado da Bovespa, que estava condicionado à realização da OPA (Oferta Pública Aquisição). A instituição escolhida para elaboração do laudo de avaliação foi o Itaú BBA, sem voto dos controladores neste item.
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O Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, fez manifestação de voto e protesto contra a OPA, motivos pelos quais a controladora Cromossomo Participações deveria ser impedida de votar na assembleia. Segundo o parecer do Petros, a saída da Dasa do Novo Mercado, além de não atender ao melhor interesse da companhia, podendo prejudicar seu acesso ao mercado de capitais, representa um retrocesso sobre os avanços de governança corporativa.
BHG (BHGR3)
Além da Dasa e da CCR, os acionistas da BHG aprovaram, em assembleia geral extraordinária realizada hoje, o resgate e cancelamento de 1,84 milhões de ações em circulação no mercado O valor pago por ação resgatada será de R$ 19,00, atualizado pela taxa Selic, que, na presente data corresponde a R$ 19,21.
OSX Brasil (OSXB3)
A empresa do Grupo EBX, companhia em atividade no setor de equipamentos e serviços para a indústria offshore de petróleo e gás natural, informou que celebrou acordo com credores da subsidiária OSX 2 Leasing e concluiu o processo de transferência do controle político da referida subsidiária. Em ato relevante divulgado pela CVM, a empresa disse que “espera que essa transferência facilite os procedimentos operacionais atrelados ao dia a dia da plataforma que eram realizados mutuamente pela OSX e Credores”.
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Valid (VLID3)
Além disso, a Valid teve sua recomendação cortada para market perform (desempenho em linha com a média) pelo Bradesco BBI hoje.
(Com Reuters)